Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Britânicos descobrem como reagir à esclerose múltipla

Estudos britânicos descobriram uma maneira para estimular o sistema nervoso a reagir nos casos de esclerose múltipla. A doença neurológica crônica destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando visão embaçada, perda de equilíbrio e até paralisia. A pesquisa, testada em ratos, pode ajudar as células-tronco a reparar, no cérebro, a camada de mielina necessária para proteger as fibras nervosas. Segundo cientistas, mais de 85% dos casos, os pacientes têm esclerose múltipla chamada de recaída/remissão, são como crises que incapacitam a pessoa, são seguidas de uma recuperação de um nível da função física perdida. Nessa forma da doença, parece haver um reparo natural da mielina. Outros 10% das pessoas possuem a forma progressiva da esclerose múltipla, essa a mais grave, não existe um período de recuperação. E todos esses grupos estão vulneráveis a desenvolver a chamada esclerose múltipla progressiva secundária, que afeta o paciente da mesma forma que a progressiva. Segundo pesquisadores, a perda da camada de mielina funciona como um isolamento, danificando as fibras nervosas do cérebro. Entretanto, são as fibras a parte mais importante, já que enviam mensagens para outras partes do corpo. Com a pesquisa, que identificou a forma para estas fibras regenerarem, o resultado pode fazer com que as células-tronco do cérebro melhorem sua capacidade de regeneração da mielina. Agora, os cientistas esperam poder ajudar a identificar novos medicamentos que estimulem o reparo da mielina nos pacientes que sofrem com a doença. O ácido 9 cis retinoico atuando sobre receptores específicos de células chamadas oligodendrócitos, que possuem a capacidade de remielinização, estimulou a formação de nova bainha de mielina nos neurônios afetados pela esclerose múltipla, explica o farmacêutico, Ronaldo de Jesus Costa, tutor do Portal Educação e conselheiro do CRF/MS. De acordo com Costa, é bem verdade que o modelo foi testado em ratos, mas indicam uma possibilidade muito grande de desenvolvimento de novas drogas. Assim vão estimular esses mesmos receptores em humanos, revertendo efeitos causados pela esclerose, concluiu o tutor. As Instituições que tem trabalho focado no tratamento de esclerose múltipla, afirmaram que, apesar de ser uma notícia animadora, ainda serão necessários alguns anos antes de um tratamento ser desenvolvido.