Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Campo Grande está pronta para receber fitoterapia, diz especialista

Campo Grande é uma cidade que está pronta para inserir no SUS (Sistema Único de Saúde) a fitoterapia, técnica que utiliza plantas medicinais no tratamento e prevenção de doenças. A afirmação é do mestre em Ciências Farmacêuticas, Ely Carmago, que veio à Capital para ministrar o quarto módulo da capacitação voltada a profissionais da rede pública de saúde. Cerca de 50 farmacêuticos assistiram a aula e conheceram exemplos bem sucedidos de implantação do método. Cidades do estado de São Paulo e Minas Gerais são pioneiras na técnica, que ainda “engatinha” em Mato Grosso do Sul. Para Camargo, a inserção da fitoterapia na rede pública depende de investidas políticas e, por este motivo, acredita que o município de Campo Grande tenha condição de implementar o método. “Senti que a cidade está pronta para implantar a fitoterapia” afirmou. Camargo destaca que iniciou a troca de informações com a coordenadora de Assistência Farmacêutica da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rita de Cássia Cunha, que afirma já ter projetos na área. Profissionais do interior de Mato Grosso do Sul também vieram à Capital determinados a aderir à “novidade”, que começou a ser implantada no Brasil na década de 80. “Uma farmacêutica de Jardim disse que o prefeito da cidade a liberou para assistir a palestra e tentar inserir a fitoterapia na rede pública da cidade”, destaca. Pelo projeto elaborado inicialmente, o Ministério da Saúde previa que o profissional orientasse a comunidade acerca do uso correto de plantas medicinais por meio de palestras, informativos, cartilhas e até visitas domiciliares. No entanto, desde que começou a ser implantada, não foi aplicada nestes moldes. De 116 cidades que passaram a distribuir plantas medicinais no SUS, apenas 50 continuam o trabalho.