Com base nas investigações feitas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o CRF/MS irá apurar se existe ligação de farmacêuticos no esquema de sonegação que levou à apreensão de medicamentos feita ontem à tarde. Se for comprovado que os profissionais tinham envolvimento com o caso, eles responderão a processo ético e podem até ser desligados do Conselho, situação que impede o exercício da profissão. O presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão, explica que se trata de uma questão de saúde pública porque o acondicionamento dos medicamentos é fundamental para a eficácia do tratamento dos pacientes. “Se foram transportados inadequadamente colocam em risco a saúde da população e o Conselho não pode admitir que farmacêuticos estejam envolvidos em ações como esta”, lamenta Abrão. Operação feita ontem pelo Gaeco desarticulou um esquema de sonegação fiscal e apreendeu um caminhão baú com medicamentos. A carga havia sido vendida irregularmente para farmácias de Mato Grosso do Sul e foi interceptada no momento em que os distribuidores receberiam as mercadorias. O flagrante foi feito no terreno anexo a um posto de combustíveis localizado na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande. Cinco pessoas flagradas no momento da operação e prestaram depoimento ao Gaeco ontem à tarde. O próximo passo será a instauração de uma auditoria para averiguar as farmácias constantes na relação como recebedoras dos medicamentos para contabilizar o crédito devido ao fisco Estado. O CRF/MS espera que a partir da identificação dos pontos comerciais sejam apontados os nomes dos farmacêuticos responsáveis pelos estabelecimentos para a investigação ética. “O Conselho acredita que o Gaeco também tenha condição de apurar se os medicamentos são roubados ou até mesmo falsificados, o que é ainda pior”, conclui Abrão.  Contato para a imprensa: Ronaldo Abrão 9985 0661.