Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Genérico do Viagra pode ser encontrado por R$ 5

Baixo do custo do medicamento pode ser perigoso

Menos de um mês depois de expirar a patente do Viagra, já é possível encontrar o genérico do medicamento para disfunção erétil por apenas R$ 5 nas farmácias de São Paulo. O próprio medicamento de referência, fabricado originalmente pela Pfizer, ficou, na média, 50% mais em conta por causa da concorrência.

A caixa com duas unidades é vendida por até R$ 25,54. De acordo com reportagem do Diário de S. Paulo, o preço mais barato tem estimulado o consumo. Pelas contas da fabricante EMS, única atualmente que oferece o genérico (Citrato de Sildenafila), até a última semana já havia sido vendido 1,5 milhão de unidades em todo o País. A Pfizer informa que suas vendas cresceram 50% desde que baixou o preço do medicamento, no início de junho.

Porém, essa facilidade de acesso a baixo custo do medicamento,pode não ser algo benéfico à população, como explica o presidente do CRF/Ms, Ronaldo Abrão."Qualquer queda de preço, de qualquer produto é em tese um benefício para o consumidor e analisando a matéria acima, fazemos dois questionamentos:

Primeiro: Quando o produto se trata de um medicamento, o exagero no consumo leva ao risco de intoxicações, e no caso, principalmente por jovens que não necessitam do medicamento e o usam por pura curiosidade, além do produto não ser livre de prescrição médica e estar sendo vendido livremente e para qualquer pessoa, o que por si só já é uma infração sanitária.

Segundo:Ao vermos esta matéria, constatamos que a indústria de genéricos baixou o preço em mais de noventa por cento e ainda está tendo lucro enquanto a ex detentora da patente resolveu de uma hora para outra baixar em cinquenta por cento seu preço e pelo que parece mantém o faturamento alto. Isto nos leva a crer que alguma coisa precisa ser feita contra estes abusos ou continuaremos a enriquecer as multinacionais do medicamento e empobrecer os cidadãos consumidores ou pior assistindo a morte de alguns que não tem dinheiro para bancar sua doença." Como diria o jornalista Boris Casoy, Isso é uma vergonha, finaliza o presidente.