Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Venda ilegal de remédio movimentava R$ 30 mil em Corumbá

A Operação Santo Remédio foi deflagrada na sexta-feira (03) em Corumbá, para investigar a sonegação fiscal e esquema de venda irregular de medicamentos na fronteira com a Bolívia. A ação envolveu agentes da Polícia Federal, ministérios públicos Federal e Estadual, Receita Federal, Força Nacional de Segurança e Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda). A investigação teve início após denúncia de que grandes quantidades de caixas de remédios eram entregues em farmácia no centro de Corumbá e que, logo após a chegada dos produtos, veículos estrangeiros eram carregados com caixas de remédios, inclusive fora do horário de expediente. Na tarde quinta-feira (02), um dos veículos foi flagrado por agentes da Força Nacional na fronteira com a Bolívia e estava sem a declaração de saída das mercadorias. A equipe da operação Santo Remédio abordou outro carro parado em frente à farmácia, no momento em que era carregado com medicamentos. O esquema movimentava mais de R$ 30 mil por dia com a retirada de medicamentos. Seis pessoas foram encaminhadas à Delegacia da Polícia Federal. Os dois veículos e grande quantidade de medicamentos foram apreendidos e também levados para a PF. De acordo com o Ministério Público Estadual, as investigações prosseguem em duas frentes: a primeira junto a Polícia Federal, que apura crimes de contrabando e descaminho e a segunda, na 5ª Promotoria de Justiça de Corumbá, sobre a distribuição ilegal de medicamentos, eventual sonegação fiscal e crimes contra a relação de consumo. Os nomes dos investigados e da farmácia não foram divulgados para não atrapalhar as investigações e descoberta de outros envolvidos. Para o CRF/MS este fato é consequência da inoperância do sistema de vigilância que se mantem a margem e passivo aos acontecimentos no setor farmacêutico. "O crime avança cada vez mais neste setor, o Conselho Regional de Farmácia tem insistentemente feito denúncias e representações tanto às Visas como às Promotorias do consumidor que são simplismente ignoradas", explica o presidente Ronaldo Abrão. O judiciário continua dando liminares para técnicos de farmácia se inscreverem no CRF, as Vigilâncias, inclusive a de Corumbá, ignora os pedidos de parceria requeridos pelo CRF, farmácias clandestinas, inclusive públicas, continuam atuando no mercado sem o profissional farmacêutico, e a população alheia aos riscos que corre, p ois desconhece o perigo do uso irracional do medicamento e agora o mais alarmante é a migração do crime para o estabelecimento farmacêutico com cargas roubadas, medicamentos falsificados e medicamentos contrabandeados. "Pior do que a sonegação de impostos, foco desta apreenção, que não esta sendo noticiado é o risco iminente de saúde pública que afeta o cidadão", finaliza o presidente do CRF/MS.