Fiocruz inicia distribuição de medicamento para transplantados
medicamento precisa ser tomado diariamente por cerca de 25 mil pessoas que fizeram transplantes, para contornar rejeição ao órgão transplantado
A distribuição do medicamento Tracolimo, imunossupressor fundamental para evitar a rejeição de órgãos transplantados, sobretudo rins e fígado, passou a ser feita integralmente com tecnologia brasileira desde essa terça-feira (20).
A produção é fruto de parceria entre a Farmanguinhos, fábrica de medicamentos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o laboratório nacional Libbs Farmacêutica.
Esse medicamento precisa ser tomado diariamente por cerca de 25 mil pessoas que fizeram transplantes, para diminuir a atividade do sistema imunológico, efeito necessário para contornar a rejeição ao órgão transplantado.
Anteriormente, as cápsulas, oferecidas de graça aos pacientes pelo Ministério da Saúde, eram importadas. Com a produção nacional, o país vai economizar cerca de R$ 240 milhões, de acordo com o diretor da Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva.
Segundo a Farmanguinhos, no processo de parceria que leva cinco anos, a Libbs vai produzir o medicamento e o insumo ativo nos três primeiros anos com a marca da fábrica de medicamentos, enquanto a Farmanguinhos aprende o processo tecnológico, para a partir de 2015, passar a produzir 50% da demanda, o que corresponde a 36 milhões de unidades.
Ao fim da parceria, toda a produção demandada pelo Ministério da Saúde passará a ser da Fiocruz.
A primeira carga, com aproximadamente 6 milhões de unidades farmacêuticas, está sendo distribuída para as secretarias estaduais de Saúde.