Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Nova análise sobre uso da sibutramina deve ser publicada em janeiro

Quando a Anvisa decidiu banir os emagrecedores à base de anfepramona, em 2011, a sibutramina continuou liberada, com restrições

A nova análise sobre o uso da sibutramina no mercado brasileiro deve ser publicada até janeiro de 2013, pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A partir daí, a Agência reguladora decidirá se mantém ou não a autorização para o uso do emagrecedor no País.

Em 2011, o órgão decidiu banir os emagrecedores à base de anfepramona, femproporex e mazindol, os chamados anfetamínicos. Já a sibutramina continuou liberada, mas com restrições. Pacientes e médicos precisam assinar um termo de responsabilidade, que deve ser apresentado junto com a receita no momento da compra. Profissionais de saúde também são obrigados a informar à Anvisa problemas apresentados pelos pacientes.

A proposta inicial dos técnicos da Agência era banir o medicamento, diante dos estudos que mostram que o uso aumenta os riscos de problemas cardiovasculares e alterações no sistema nervoso central. Mas, após nove meses de debate, a equipe técnica mudou de posição e, no último relatório, defendeu a permanência do uso e da venda do remédio no Brasil. No prazo de um ano, a Anvisa voltaria a analisar a manutenção da sibutramina no mercado brasileiro.

“A diretoria está absolutamente tranquila para tomar qualquer decisão – seja manter a sibutramina, seja retirá-la do mercado”, avaliou o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano. No entanto, a Anvisa não descarta que a sibutramina pode sair do mercado se, mesmo com todo o controle, não houver condição de manejar o medicamento.

De acordo com a Anvisa, a sibutramina ajuda a perder, no mínimo, 2 quilos de massa corporal em um período de quatro semanas. O tratamento é indicado para quem tem IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou acima de 30 e não sofre de doença cardíaca. O prazo máximo de utilização do remédio é dois anos.