Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

O Papel do Farmacêutico no Aviamento da Receita é tema de palestra no 4° Seminário de Farmácia

Na palestra Adami falou sobre o grande desafio do farmacêutico, que é o de analisar e interpretar as receitas apresentadas e ainda ter controle sobre os medicamentos

Com o tema “O Papel do farmacêutico no aviamento da receita”, o diretor do CRF/MS e Gerente de Medicamentos da Coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária, farmacêutico Adam Macedo Adami falou sobre as responsabilidades e atribuições do profissional farmacêutico durante o aviamento do receituário médico e frente à dispensação do medicamento, durante o 4° Seminário Virtual promovido em comemoração ao Dia Nacional do Farmacêutico, realizado no último dia 24 e transmitido ao vivo pelo Portal Educação.

Na palestra Adami falou sobre o grande desafio do farmacêutico, que é o de analisar e interpretar as receitas apresentadas, ter controle sobre os medicamentos, sobretudo os controlados e a necessidade que todo profissional tem que é de conhecer, zelar e observar pela Portaria 344/98 da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária (antiga SVS, órgão extinto substituída hoje pela Anivsa), regulamento técnico dos medicamentos entorpecentes, psicotrópicos e outros sujeitos a controle especial.

“O farmacêutico tem que observar a legislação e nunca esquecer para quem ele trabalha: para o paciente é claro. Zele e observe pela legislação e pelos regulamentos técnicos, porque a legislação nos cobra e muito, mas tenha um carinho todo especial pelo paciente”, ressaltou.

Quanto ao receituário, o diretor do Conselho reforçou que para a dispensação dos medicamentos entorpecentes da lista A o receituário exigido é o amarelo (Notificação de Receita A) e que a quantidade máxima permitida em cada um é de até cinco ampolas. Nas demais formas farmacêuticas como comprimidos, cápsulas e soluções, a quantidade máxima é aquela necessária para 30 dias de tratamento. “Por isso, colegas analisem a posologia prescrita. Ou seja, o profissional tem que analisar e interpretar a receita e a intenção médica. Aviar uma receita é traduzir a intenção do prescritor”, completou Adami.

Ainda que o médico tenha prescrito uma quantidade maior, o palestrante enfatizou que a farmácia pode dispensar até a quantidade máxima fixada pela legislação e que qualquer dúvida sobre a droga prescrita ou suspeita de interação medicamentosa potencialmente perigosa, o farmacêutico deve confirmar com o prescritor.

Usando como exemplo um modelo correto de receita, Adam Adami falou ainda sobre as condições mínimas exigidas para o receituário. “Escrita à tinta ou impressa, tem que estar legível, em idioma nacional e observar pesos e medidas oficiais. É preciso conter o nome e endereço residencial do paciente e o modo de usar a medicação. Mas o fundamental é que estar legível, datada e assinada pelo prescritor. Não se avia receita ilegível, sem data ou sem assinatura do prescritor”, explica.

Lembrando que no Brasil os prescritores reconhecidos são médicos, dentistas e médicos veterinários e que medicamentos de programas do Ministério da Saúde como hipertensão e diabetes podem ser prescritos também por enfermeiros.

“O farmacêutico faz na verdade uma pós-consulta. Ele tem que observar a legalidade da receita, a dose, a via de administração, a duração do tratamento e frequência posológica, a compatibilidade física e química entre os medicamentos prescritos. É essa a missão do farmacêutico. Ele deve ser o porto seguro do paciente”, finalizou.

Para assistir à palestra, clique aqui.