Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

De casa cheia, CRF/MS sedia palestra sobre Semiologia expondo conceitos e como aplicá-la no dia a dia da Farmácia

Auditório lotado por farmacêuticos e acadêmicos. Foi assim a noite dessa segunda-feira (30), durante a palestra de Semiologia realizada pela Comissão de Farmácia Clínica e Comunitária do CRF/MS. A ministrante, consultora ad hoc do Conselho Federal de Farmácia e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFPR, Thais Teles de Souza explicou conceitos e como usar a Semiologia na Farmácia. "O que é a semiologia?" Logo de início, Thais respondeu aos participantes que o termo, para farmacêuticos, é novo, mas se refere à algo que muitos já fazem. "Nada mais é do que análise de sinais e sintomas do paciente", completou. Exemplificando, Thais disse que no dia a dia já usamos a semiologia na análise e para a identificação de problemas autolimitados como a tosse, a cefaleia. "A semiologia é o estudo dos sinais e sintomas da doença. Uma ciência metodizada do diagnóstico clínico e requisito indispensável para a terapêutica e prognóstico", completou. Na farmácia, Thais explicou que a semiologia consiste na aplicação das técnicas e conhecimentos sobre a investigação de sinais e sintomas para a prática farmacêutica. "A maior tarefa do farmacêutico é obter quantidade suficiente de dados subjetivos e objetivos e relacionar sinais e sintomas aos medicamentos, em uso e doenças específicas do paciente". A palestra seguiu com exemplos práticos prendendo atenção de farmacêuticos e futuros profissionais. Para a estudante Katia Rojas da Silva, de 31 anos, acadêmica do 4° semestre de Farmácia da Anhanguera/Uniderp, os ensinamentos são essenciais. "É interessante, vim saber o assunto, porque a gente imagina outra coisa, menos uma análise. E sem dúvida é uma teoria importantíssima para a prática no dia a dia", resume. Farmacêutica atuante em distribuidora de medicamentos, Beatriz Vasconcelos, de 24 anos, relata que mesmo tendo visto o conteúdo na faculdade, sempre é válido reforçar. "Hoje eu não tenho tido mais contato, mas logicamente para quem está mais perto do paciente, é essencial". Ouvidora do CRF/MS, a farmacêutica Beatriz Corrêa, explica que o tema foi escolhido devido à demanda dos próprios profissionais. "É uma novidade para os estabelecimentos farmacêuticos, da necessidade que o farmacêutico tem de adquirir conhecimento de semiologia, que é um conteúdo que não está na grade curricular", ressalta. Além de Campo Grande, o tema será levado ainda para os municípios de Corumbá, Três Lagoas e Dourados. “Queremos expandir também os conhecimentos para os polos, para que os farmacêuticos dessas regiões possam se atualizar e ter este contato para usar a semiologia no dia a dia”, explica a presidente da Comissão de Farmácia Clínica e Comunitária, Kelle Luz Slavec. Kelle lembrou que nos municípios do interior do Estado, os farmacêuticos são os primeiros profissionais de saúde procurados pela população devido ao acesso mais facilitado. “No interior as pessoas têm uma saúde mais fragilizada e o farmacêutico acaba sendo referência. Então ele precisa estar apto para lidar com esses sinais e sintomas da rotina e estar capacitado para ajudar o paciente”, resume.