CRF-MS faz alerta sobre as “milagrosas” canetas emagrecedoras
Frente ao aumento da publicidade referente aos efeitos de perda de peso das famosas canetas emagrecedoras, o CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de MS), por meio da assessoria técnica, alerta que tais medicamentos devem ser utilizados somente após avaliação médica, pois algumas são indicadas apenas para controle de diabetes e outras são indicadas para apenas alguns tipos de obesidade, cabendo ao prescritor avaliar cada caso.
Convém ressaltar que todas elas possuem efeitos adversos significativos, e em caso de abuso podem ser graves. Os mais frequentes são distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos, dispepsia e constipação), podendo no ocorrer pancreatite aguda e doença na vesícula biliar aguda.
Em abril deste ano a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desses medicamentos. A partir de 24/06/25 será obrigatório apresentar receita médica, que deve ser retida na farmácia. Nesse contexto, o papel do farmacêutico é mais relevante do que nunca. “O farmacêutico é o profissional que recebe o paciente na farmácia, esclarece dúvidas, orienta sobre a aplicação correta da caneta, os cuidados com armazenamento, os efeitos adversos mais comuns e as interações com outros medicamentos. O farmacêutico pode, ainda, identificar situações em que o paciente precisa retornar ao médico para ajustes na prescrição”, destaca a presidente do CRF-MS, Daniely Proença.
Outro fator preocupante que o CRF-MS destaca é a comercialização de produtos contrabandeados, alguns sem registro no país, impossibilitando saber se o medicamento é produto de falsificação ou se o conteúdo da embalagem equivale ao que está descrito na embalagem, o que torna o medicamento sem registro um grave risco à saúde.
Nesse sentido, o CRF-MS orienta os farmacêuticos e a população a sempre contarem com auxílio e suporte da assessoria técnica do Conselho.
Denúncias de possíveis irregularidades podem ser feitas à Ouvidoria do CRF-MS (ouvidoria@crfms.org.br / Whatsapp (67) 99985-0185), que procederá o envio às autoridades competentes.
Vale ressaltar: o farmacêutico é a autoridade quando se trata de medicamentos, e cabe a ele a orientação correta à população.