Entre as reclamações das indústrias farmacêuticas está a redução dos alertas de efeitos adversos

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) poderá reabrir discussão sobre as propagandas publicitárias de medicamentos. Entre as reclamações das indústrias farmacêuticas está a redução dos alertas de efeitos adversos apresentados no final dos anúncios e a volta de famosos como garotos-propaganda.

O representante da Abimip (Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição), Aurélio Saes, em um encontro com com diretor da Agência, Jaime Oliveira, pediu que as conversas sobre o tema fossem reabertas e um grupo de trabalho fosse organizado para avaliá-lo. "A eficácia das advertências é questionável", justificou Saes.

De acordo com o representante, o setor ainda não tem uma proposta para substituir a regra atual. Porém, entre as possibilidades estão a limitação das mensagens nas propagandas, enquanto as informações mais completas ficariam apenas nas embalagens dos produtos. Outra opção seria o rodízio dos alertas veículados nas peças publicitárias.

O presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirmou que a discussão não poderá afetar o cronograma da Agência. Ele disse concordar com a modificação da forma como as advertências são apresentadas. "Pessoalmente não acho eficiente. São muitas informações que acabam perdendo o sentido."