‘Cialis do treino’: moda perigosa nas academias preocupa especialistas
Tadalafila, medicamento originalmente desenvolvido para tratar disfunção erétil, tem sido usado de forma inadequada como um “pré-treino” nas academias. Impulsionados pela busca de resultados rápidos e pela valorização exagerada da estética nas redes sociais, jovens e adultos saudáveis passaram a utilizar o medicamento sem qualquer indicação médica. Dados mostram que grande parte das pessoas que consomem tadalafila e têm menos de 30 anos não sofre de disfunção erétil, utilizando a substância apenas para melhorar a disposição nos exercícios. Especialistas alertam que essa prática não tem respaldo científico e pode acarretar consequências sérias para a saúde.
O grande atrativo da tadalafila é o efeito vasodilatador, capaz de gerar o famoso “pump” – sensação temporária de músculos mais cheios e vascularizados durante o treino. Em teoria, a substância relaxa os vasos sanguíneos e aumenta o fluxo de sangue nos músculos. Na prática, porém, esse benefício é apenas estético e passageiro, sem qualquer comprovação de que o medicamento promova ganho real de massa muscular.
Especialistas reforçam que não há evidências científicas de melhoria de desempenho físico com o uso da tadalafila. Não existe comprovação de que o medicamento contribua para o desenvolvimento muscular. Estudos com atletas saudáveis indicam que o uso da substância antes do treino não traz impacto significativo na performance.
Profissionais da área da saúde e da educação física destacam que essa moda se sustenta mais em tendências da internet do que em evidências concretas. Muitos associam o efeito vasodilatador ao aumento de vascularização muscular, mas trata-se de um efeito enganoso e momentâneo, sem benefícios reais para força, resistência ou hipertrofia.
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