Aproximadamente 200 pessoas participaram da capacitação para profissionais da rede pública de saúde, que no segundo módulo do curso abordou o tema “Atenção Farmacêutica ao paciente em diabetes”. Durante dois dias, farmacêuticos e acadêmicos receberam informações acerca da doença e de como tratar usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) de maneira “humanizada”. As aulas ocorreram nos dias 23 e 24 de abril, na Escola de Saúde Pública, em Campo Grande.     Pós-graduado em farmacologia, o palestrante Manoel Hidelbrando de Oliveira enfatizou quais os cuidados que o farmacêutico precisa ter na abordagem e orientação ao paciente. “Não é simplesmente conhecer o medicamento, tem que conhecer e considerar a doença e o paciente”, reforça. Ele defende que o profissional deve proporcionar qualidade de vida à população com a terapêutica utilizada.     Oliveira destaca a importância de abordar o assunto na qualificação. Segundo o palestrante, a doença tem alta incidência na população e o custo do tratamento é elevado. Entretanto, ele pontua que estudos científicos apontam a redução de gastos quando a medicação e o acompanhamento do paciente são feitos adequadamente.     O presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão, reforça que a intenção da diretoria é que estes módulos tornem-se permanentes. “A capacitação profissional, além de beneficiar a comunidade, aproxima a entidade do poder público pois não estamos apenas fazendo uma cobrança, mas sim, estamos dando ferramentas para que o trabalho seja executado com competência”, destaca.     Para o vice-presidente da entidade, Wilson Hiroshi de O. Uehara, o curso pode ser considerado um sucesso e uma grande oportunidade de contato dos farmacêuticos, principalmente os do interior do estado, com o Conselho Regional de Farmácia. Muitos profissionais trouxeram para a entidade suas reivindicações e sugestões, que serão analisadas com carinho, conforme garantia do diretor. O próximo módulo da capacitação está em fase de elaboração.   Humanização     Grande foco das discussões, a humanização dos serviços públicos foi apresentada como uma forma de melhorar o atendimento e o tratamento da doença. Convidado de honra, o ex-presidente do CRF/MS, Antônio José Paniago Neto, Tonzé, ressaltou que a adoção da prática sempre reverte benefícios ao paciente e aos gestores.