Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Advogado pede retirada do mercado de medicamento que provocou Síndrome de Stevens-Johnson

Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou a empresa Sanofi-Aventis, fabricante da Novalgina® (dipirona sódica), a pagar indenização de R$ 1 milhão à paciente

O advogado de Magnólia de Souza Almeida, 40 anos, entrará com um pedido na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para solicitar a retirada do mercado do medicamento Novalgina®.

Em 2007, depois de tomar dois comprimidos de Novalgina no intervalo de oito horas, Magnólia apresentou a Síndrome de Stevens-Johnson, forte reação alérgica que a deixou acamada durante 61 dias, provocou queimaduras em 80% do corpo dela e prejudicou-lhe a visão. Hoje a técnica de enfermagem tem apenas 5% da capacidade de enxergar preservada.

Recentemente, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou a empresa Sanofi-Aventis, fabricante da Novalgina® (dipirona sódica), a pagar indenização de R$ 1 milhão à paciente em decorrência dos danos causados pelo uso do medicamento.

O argumento do advogado Eduardo Lowenhaupt Cunha é de que a Síndrome de Stevens- Johnson, não pode ser tratada como um efeito colateral qualquer. “O remédio pode provocar a morte, não é aceitável que um efeito tão forte seja comparado a uma dor de cabeça ou uma tontura", argumenta.