Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Alga estudada na Paraíba combate dor e pode ser princípio ativo para novo medicamento

O Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) patenteou, na última sexta-feira, a descoberta de que a alga marinha ‘Caulerpa racemosa’, muito comum no Litoral paraibano, tem propriedades anti-inflamatórias e contra a dor. Agora, um laboratório farmacêutico planeja realizar estudos clínicos com humanos para tornar a descoberta em um novo medicamente semelhante à dipirona. Com os estudos, o LTF cria um marco por realizar as primeiras pesquisas químicas e farmacológicas de organismos marinhos no país e planeja intensificar os estudos em mais 19 algas nos próximos anos em busca de medicamentos para outras doenças. O professor contou que os estudos com algas tiveram início em agosto de 2007, após o projeto idealizado por 23 professores da UFPB, oito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), dois da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e um da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), foi um dos quatro, entre 140 analisados em todo o país, aprovado pelo Governo Federal. Foi uma surpresa, porque temos tradição de pesquisar vegetais de origem terrestre desde 1978. Mas hoje, o mundo inteiro está indo para os de origem marinha porque a fauna e flora está acabando nos países desenvolvidos. Mas o Brasil está começando a perceber isso também. Em 38 meses, conseguimos um grande avanço, comentou. A preocupação em patentear o princípio ativo da alga ‘Caulerpa racemosa’ é justificada pelos riscos da descoberta ser tomado por outras instituições internacionais. Não bastam diversos anos de pesquisa e descobertas para que um produto seja colocado no mercado. Após provar a autenticidade da pesquisa e da descoberta, a última e principal etapa para assegurar os direitos sobre o produto lançado, é a patente.