Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Amplo debate e sugestões marcam audiência pública sobre descarte de medicamentos

Foi realizada na tarde desta quarta-feira (18) a Audiência Pública com o tema: Medicamentos nas residências, uma arma contra o cidadão e um risco para o meio ambiente, proposta pelo deputado estadual Lauro Davi (PSB-MS). O evento teve como objetivo apresentar à população os riscos de se armazenar medicamentos dentro das residências e o impacto sobre o descarte desses remédios feito de forma indevida junto ao meio ambiente. O deputado Lauro Davi, iniciou sua fala salientando que durante os 10 anos como presidente da CASSEMS, sempre trabalhou para que o descarte de remédios e lixo hospitalar produzido pela rede de hospitais da empresa tivessem um destino correto. Lauro disse ainda que é importante que as pessoas se conscientizem de todos os problemas que os medicamentos podem causar se usados de forma indevida, para a saúde e meio ambiente é importante o esclarecimento da população, os remédios podem causar intoxicação, além de contaminar o solo e os lençóis freáticos. O presidente do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) Ronaldo Abrão, destacou o fato de que até hoje não existe uma legislação efetiva que determine o destino correto desses medicamentos. Segundo ele, o deputado Lauro Davi pode contribuir para que seja criada uma lei que regulamente o destino correto desses medicamentos. Para o presidente da CASSEMS, Ricardo Ayache, debates como esse são extremamente importantes para a sociedade, pois é uma grande oportunidade de levar ao cidadão um esclarecimento maior sobre assuntos que muitas vezes passam despercebidos por muitas pessoas. Já o promotor de justiça, Alexandre Raslan, ressaltou que hoje é mais fácil fiscalizar as farmácias, hospitais ou indústrias, e que quanto ao destino final dado aos remédios, mas que em contrapartida hoje no Brasil, e destacou que no Brasil o uso exagerado de medicamentos é um problema cultural. O Secretário Municipal de Meio Ambiente e desenvolvimento, Marcos Antônio Moura, disse em sua fala que a educação ambiental é fundamental para que programas de coletas seletivas obtenham sucesso. Para o Dr. Adam Macedo Adami, no Brasil deveria ser instituída a venda de medicamentos fracionados, que segundo ele seria uma forma de diminuir o descarte de remédios no meio ambiente. A Dra. Flávia Neves Alves, da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) finalizou o ciclo de painéis e afirmou que hoje é necessário que seja criada uma lei específica que regularize essa situação de como e onde devem ser descartados esse medicamentos.