Anfarmag do RJ fará campanha sobre medicamentos manipulados
A nova diretoria da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) no Rio de Janeiro, eleita para o biênio 2009-2011, tomou posse no nesta quarta-feira, 28, às 18 horas, na Casa dos Açores (Avenida Melo Matos, 21/ 25), Tijuca, na capital fluminense. Farmacêutica especializada em manipulação magistral e homeopatia, Luciana Colli assume o comando da entidade. Há sete anos ela atua na área magistral. Conforme as propostas apresentadas no processo eleitoral, os novos dirigentes pretendem realizar campanha sobre medicamentos manipulados (envolvendo médicos e pacientes). Hoje, a entidade desenvolve um trabalho de relacionamento deste porte em Minas Gerais, denominado Receita Correta, apoiado por entidades médicas, conselho de farmácia e vigilância sanitária. Outros pontos do trabalho serão: conscientizar o setor magistral sobre concorrência predatória, formar uma comissão de ouvidoria ética local, firmar parcerias com o Conselho Regional de Farmácia e vigilâncias sanitárias (estadual e municipal), investir em marketing, resgatar parceria com o SEBRAE e se aproximar dos farmacêuticos homeopatas. Aline Coppola Napp (vice-presidente), Alfredo da Costa Mattos Neto (secretário-geral), Thatyana Lima (segunda-secretária), Maria Elisabete Durante (tesoureira) e Guilherme Feres (segundo tesoureiro) integram a nova diretoria.
O evento deve reunir representantes das vigilâncias, do CRF, das farmácias universitárias, de cursos de farmácia, da Ascoferj (Associação do Comércio Farmacêutico do Estado do Rio de Janeiro), do Sincofarma (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Município do Rio de Janeiro) e do IHB (Instituto Hahnemanniano do Brasil).
A Anfarmag tem 331 associados no Rio (185 pessoas jurídicas e 146 físicas). Conforme o CRF-RJ, o estado conta com 572 farmácias magistrais (manipulação alopática, homeopáticas e ambas). “Atualmente o segmento magistral se encontra em um nível satisfatório de maturidade. Se outrora não tínhamos parâmetros mínimos para padronizar procedimentos e atividades da qualidade nas farmácias de manipulação, o setor magistral brasileiro agora está entre os mais desenvolvidos do mundo. Em situações adversas, por conta das legislações, mostramos a força da nossa união, coesão e representatividade. É surpreendente que, apesar de adversidades, o número de farmácias no Brasil tenha saltado de cinco para sete mil desde 2000”, ressalta Luciana.
As farmácias magistrais manipulam as prescrições separadamente e podem oferecer opções de tratamento personalizado de acordo com as receitas médicas. Isto é, há dosagens adequadas para cada paciente. Os produtos manipulados apresentam substâncias comercialmente indisponíveis ou descontinuadas pela indústria farmacêutica. Esses estabelecimentos utilizam ainda associações de substâncias não produzidas pela indústria (por baixa demanda ou baixa lucratividade) e proporcionam contato direto com os farmacêuticos. Criada em 1986, a Anfarmag representa 70% das farmácias do país e 15 mil farmacêuticos. Defende os interesses do setor, a saúde pública e o exercício da atividade profissional.