Anvisa suspende lote de antibiótico e marcas de malha de compressão
O lote do medicamento citado apresentou resultado insatisfatório em análise de teor de princípio ativo
A Anvisa determinou, na última sexta-feira (24), a suspensão da distribuição, comércio e uso, em todo o país, do lote 438569 do antibiótico Claritromicina 250mg/5ml grânulos para suspensão oral, fabricado pela empresa EMS S/A. O lote citado apresentou resultado insatisfatório em análise de teor de princípio ativo.
Segundo a Anvisa, um laudo da Fundação Ezequiel Dias, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, apresentou resultado insatisfatório em análise de teor de princípio ativo no medicamento, que se encontra inferior ao padrão, o que pode acarretar um tratamento deficiente. A orientação da agência é para que os consumidores não utilizem o produto.
Segundo o infectologista Caio Rosenthal, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, o problema é "gravíssimo". A claritromicina, afirma, é usada no tratamento de pneumonias adquiridas na comunidade (e não a hospitalar), nos casos em que o agente infeccioso não é conhecido. O remédio é usado em associação com outro antibiótico. "Se você não oferecer a dose correta, não vai atingir o microrganismo e vai selecionar as cepas mais resistentes. É como dar uma dose mais baixa do antibiótico."
A utilização de um antibiótico com quantidade mais baixa de princípio ativo pode complicar o quadro da pneumonia, segundo Rosenthal.
A EMS, fabricante do medicamento, informou que já havia iniciado em 24 de outubro de 2013 o recolhimento de forma voluntária do lote referido, fabricado em 03/2012 e com validade até 03/2014. Além disso, o laboratório divulgou que está realizando todos os procedimentos cabíveis junto aos órgãos regulatórios em relação ao recolhimento.
Malhas de compressão
Também foi suspenso a fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e uso do modelo comercial Iris Compressiva – confeccionado em malha de compressão (média), com 90% de poliamida e 10% de elastano, fabricado pela empresa Mendonça & Salomão Ltda. A se deve a ausência de registro do produto e autorização de funcionamento da empresa. O material de divulgação do produto alegava indicação terapêutica no tratamento e prevenção de quelóides, gorduras localizadas, celulites, ativação da circulação sanguínea periférica, nenhuma destas comprovadas pelo produto.
A malha de compressão Modelle Skin da Linha Fio Emana, fabricada pela empresa Claudioneia Dadas de Oliveira Confecções Epp também foi suspensa por conta da ausência de registro e autorização de funcionamento. O produto alegava, sem comprovação, indicações de eliminar toxinas do organismo, reduzir dores musculares, reumáticas, melhorar a circulação sanguínea, agilizar a cicatrização de ferimentos e cortes cirúrgicos, promover o equilíbrio térmico.
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