Aos poucos as pessoas foram chegando à barraca do CRF/MS, montada na Praça Ary Coelho, região central de Campo Grande, dia 19 de janeiro, véspera do Dia do Farmacêutico. De repente, a fila começou a ser formada e, os profissionais tiveram de distribuir senhas para atender a todos que foram ao local para fazer testes sanguíneos, aferir a pressão e buscar informações. Em apenas quatro horas, farmacêuticos prestaram serviços e orientaram pelo menos 200 pessoas, além de distribuírem grande parte dos folders e das cartilhas educativas. O material foi elaborado com objetivo de esclarecer à população sobre a importância do profissional durante todo horário de funcionamento de estabelecimentos farmacêuticos e das armadilhas causadas pelo comércio ilegal de medicamentos. “Depois do trabalho que fizemos, prevalece a sensação do dever cumprido. Em comemoração ao dia do profissional, decidimos dar um presente à sociedade”, explica o presidente do CRF/MS, Antônio José Paniago Neto, Tonzé. Vários farmacêuticos participaram do evento. De acordo com o presidente, Mato Grosso do Sul tem 922 farmácias e drogarias, das quais 211 possuem certidão de regularidade emitida pelo CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), ou seja, apenas 23% podem ser consideradas regulares. O assunto foi amplamente discutido pela imprensa, que tornou público o alerta feito pela entidade. Os dados apresentados preocupam o presidente do CRF/MS, que tenta legalizar o comércio de medicamentos desde que assumiu a presidência da entidade. Durante todo ano de 2006, fiscais do CRF/MS vistoriaram 5.269 estabelecimentos, número superior à meta traçada para o ano – que era de fiscalizar 5 mil pontos comerciais – e uma das maiores marcas da história da entidade. Todos os proprietários das 711 farmácias e drogarias flagradas em situação irregular foram multados.