Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Atribuições do CRF/MS e mercado de trabalho são temas de palestra para acadêmicos de Farmácia

Abrão ministrou a palestra “Um mercado a espera do novo Farmacêutico”, na noite desta quarta-feira

O presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão, falou aos acadêmicos do 1° semestre de Farmácia da Universidade Anhanguera/Uniderp sobre as atribuições do Conselho, o papel do farmacêutico e o atual mercado de trabalho no Estado.

Abrão ministrou a palestra “Um mercado a espera do novo Farmacêutico”, na noite desta quarta-feira (27) para 45 futuros profissionais em mais uma atividade de boas-vindas da universidade aos acadêmicos. Parceria de longa data e que já se consagrou.

Em pauta, a discussão foi sobre as funções do Conselho, atribuições do farmacêutico e campo de trabalho para recém-formados. Abrão comentou que em Campo Grande são aproximadamente 1,2 mil farmacêuticos para uma média de 300 farmácias e cerca de 60 laboratórios.

Compartilhando experiências profissionais e ouvindo os alunos, Ronaldo comentou os desafios que o Conselho tem a frente e enfatizou a classificação de profissional sete estrelas atribuída ao farmacêutico.

“Segundo publicação da OMS, um profissional farmacêutico sete estrelas deve ser prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde, capaz de tomar decisões, comunicador, líder, gerente, se atualizar permanentemente e ser um educador”, explicou Abrão sobre o artigo da Organização Mundial de Saúde “O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde”.

Quanto ao papel do CRF/MS, Abrão ressaltou que os conselhos regionais atuam como órgãos fiscalizadores do farmacêutico e da farmácia. Citando a Lei 5.991/73 que exige farmacêutico responsável técnico presente no estabelecimento durante todo o horário de funcionamento, o presidente recordou o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado que deu um prazo de dois anos para que as farmácias se adequassem quanto à responsabilidade técnica.

“As farmácias e a drogarias têm que obrigatoriamente ter assistência de um técnico responsável, inscrito no Conselho Regional de Farmácia, na forma da lei e a presença é obrigatória durante todo o horário de funcionamento”, enfatizou.

Com a assinatura do TAC, Abrão exemplificou que as consequências foram a valorização do profissional. “Por conta da exigência do farmacêutico houve disputa por profissionais e isso valorizou a categoria”.

Apesar de não ser atribuição do Conselho e sim dos sindicatos, Ronaldo falou que o Conselho está ao lado do sindicato na hora das negociações e que os profissionais precisam se unir para ter reconhecimento.

“Somos muito bem reconhecidos pela sociedade, mas nada adianta o profissional são se valoriza. Tem balconista que ganha mais que farmacêutico. Então o próprio tem que se valorizar e não aceitar subemprego e fazer o que não é sua função. Seu compromisso é com a saúde”, completou Abrão.

Para fechar, o presidente enfatizou as parcerias que o Conselho têm com as vigilâncias sanitárias do Estado e Município e Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Consumo e até mesmo o Procon.