Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Brasil compra novo teste para identificar superbactéria

Um novo teste de DNA que chegou ao Brasil pode agilizar a identificação dos casos de infecção por bactérias com a KPC, que são resistentes à maioria dos antibióticos disponíveis. Embora esses micróbios sejam detectados no país desde 2008, eles passaram a se tornar um problema de saúde pública em outubro do ano passado, quando os surtos começaram a se disseminar e chegaram a ao menos 13 Estados, segundo um levantamento feito pelo R7. O nome KPC, na realidade, é de uma enzima produzida por um grupo de bactérias que tem o poder de destruir grande número de antibióticos. O nome superbactéria foi atribuído a ela pelo fato de ser proveniente de uma bactéria que tem mais resistência aos antibióticos e tem grande facilidade de se transmitir no ambiente hospitalar e causar surtos de infecção. A KPC já é identificada no mundo desde 2001, quando apareceu nos Estados Unidos, segundo a Anvisa. O que chamou a atenção nesse último ano foi que ela passou a surgir com uma grande frequência em alguns locais do Brasil, principalmente no Distrito Federal e em alguns hospitais de São Paulo. Como prevenção, os hospitais tiveram de isolar os pacientes e aumentar o rigor da higiene dos profissionais, com uso reforçado de soluções de álcool em gel antes e depois de mexer em pacientes, além dos já recomendados usos de luvas e aventais. Testes convencionais levam cerca de três dias para ficar prontos e não determinam com precisão qual é o mecanismo que torna a bactéria resistente aos antibióticos. Já o EasyQ KPC, um exame de DNA fabricado pela empresa francesa bioMérieux e lançado em outros 40 países, possibilita confirmar em cerca de duas horas a presença do gene KPC, responsável pela produção da enzima carbapenemase, que degrada diversos antibióticos.