Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

CFF participa de debate a regulação da venda de Ozempic

Na quarta-feira (11/12/2024), ocorreu um debate sobre o Ozempic e medicamentos similares na Câmara dos Deputados em Brasília. A farmacêutica Mônica Lenzi, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), participou do debate representando a comunidade farmacêutica e o CFF.

Durante o debate, foram apontadas pelos especialistas, as consequências do uso indevido do Ozempic e outros medicamentos do mesmo grupo, que originalmente são destinados a pessoas com diabetes. Entre os riscos do uso estético desses medicamentos, está a pancreatite, ou seja, a inflamação do pâncreas, que é o órgão que produz enzimas digestivas e hormônios que regulam os níveis de açúcar no sangue.

Os medicamentos análogos de GLP-1(como o Ozempic, Victoza, Saxenda, Wegovy e Mounjaro), são classificados como tarja vermelha, que exige prescrição médica. Mesmo com essas restrições, o crescimento nas vendas é significativo, segundo Tamires Capello, Pesquisadora da Universidade de São Paulo. “Houve um crescimento de 663% nas vendas em seis anos, o que significa que só em 2024 o Ozempic isolado, com mais de 3 milhões de unidades vendidas. É um número muito grande, um recorde".

Mônica Lenzi defendeu o problema do uso indiscriminado e que não será resolvido apenas com a retenção de receita, já que há uma prescrição indiscriminada desses medicamentos no país. “O que precisa haver, na opinião da especialista, é uma maior conscientização sobre o uso racional dos medicamentos e a regulamentação da mídia sobre fármacos”, disse.