Com atraso de 13 anos, SUS vai oferecer exame PET de câncer
A inclusão ocorre com atraso de pelo menos 13 anos em relação às clínicas particulares
Exame considerado por médicos como fundamental para o acompanhamento de pacientes que tiveram ou estão com câncer, o PET-CT passará a ser ofertado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A inclusão ocorre com atraso de pelo menos 13 anos em relação às clínicas particulares e em um formato ainda muito acanhado, avaliam sociedades médicas.
O acesso será permitido para pacientes com linfoma, com câncer de intestino grosso, lesão hepática e em alguns casos de câncer de pulmão.Umalista de opções bem menor do que a ofertada para usuários de planos de saúde. Desde o início do ano,operadoras são obrigadas a garantir o exame para pelo menos oito indicações.
“É o primeiro passo, mas esperávamos mais”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Celso Ramos. De acordo com ele, estudos demonstram que o uso do PET permite uma economia na área de saúde.“Os tratamentos são mais dirigidos.
São evitados tratamentos e cirurgias desnecessários e,alémdisso,oexame traz mais chances de diagnosticar precocemente novos focos de câncer no paciente.” A assessora técnica da secretaria de Atenção à Saúde, Inez Gadelha, rebate as críticas. “A decisão foi adotada de acordo com critérios rígidos, em evidências que demonstram quais as melhores indicações, com melhores resultados.” Pelos cálculos do Ministério da Saúde, 20 mil pacientes serão diretamente beneficiados.
O investimento com os exames será de R$ 31 milhões anuais. Embora o PET de forma geral tenha um impacto positivo na economia, ele é um exame caro. A dose do radio fármaco usada no teste custa, em média, R$800. A incorporação do PET ao SUS não será imediata.O governo federal terá até 180 dias para regular como e quando isso será feito. O exame está disponível em 21 Estados.