Combate à dengue: Método Wolbachia expande atuação em Campo Grande (MS)
As equipes de saúde e combate a endemias já estão capacitadas para a implementação do Método Wolbachia em novos bairros da cidade. No dia de 15 de março, na Praça Estrela do Sul, às 8h30, um marco para o projeto em Campo Grande, esse é mais um passo para as liberações dos Wolbitos, os Aedes aegypti com Wolbachia no município. O evento contará com a presença do pesquisador da Fiocruz e líder do método Wolbachia no Brasil, Luciano Moreira.
Na luta contra as arboviroses, desta vez, nove bairros serão contemplados na chamada Fase 4, para ajudar a proteger à população da dengue, Zika e chikungunya: Coronel Antonino, José Abrão, Mata do Jacinto, Mata do Segredo, Monte Castelo, Nasser, Novos Estados, Nova Lima e Seminário.
E não para por aí, ao mesmo tempo em que as liberações da Fase 4 começam, também ocorre o início do engajamento da Fase 5, que vai chegar em 21 bairros: Amambaí, Autonomista, Bandeirantes, Bela Vista, Cabreúva, Caiçara, Carvalho, Centro,Cruzeiro, Glória, Itanhangá, Jardim dos Estados, Margarida, Monte Líbano, Planalto, Santa Fé, São Bento, São Francisco, Sobrinho, Taveirópolis e União. A população como um todo, agentes de saúde, escolas públicas e particulares, líderes comunitários e religiosos, todos podem ajudar.
A liberação dos Wolbitos é uma estratégia inovadora no combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A iniciativa desenvolvida pelo World Mosquito Program (WMP) é implementada no Brasil pela Fiocruz, com apoio da Prefeitura de Campo Grande, Governo do Estado do Mato Grosso do Sul e financiamento do Ministério da Saúde.
A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para redução destas doenças.
Luciano Moreira ressalta, que uma vez que os mosquitos com Wolbachia são liberados no ambiente, eles se reproduzem com mosquitos de campo e ajudam a criar uma nova geração de mosquitos com Wolbachia, os wolbitos. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos que carregam a Wolbachia aumenta, até que permaneça alta sem a necessidade de novas liberações.
Em Campo Grande (MS)
Na Fase 1, foram contemplados 07 bairros, de dezembro/2020 a julho/2021
Na Fase 2, foram contemplados 10 bairros, de julho/2021 a outubro/2021
Na Fase 3, foram contemplados 15 bairros, de outubro/2021 a março/2022
O Método Wolbachia tem eficácia comprovada
Um estudo realizado na Indonésia apontou redução de 77% dos casos de dengue nas áreas que receberam os mosquitos com Wolbachia. No Brasil, dados preliminares apontam redução em torno de 69% nos casos de dengue e de 60% de chikungunya em Niterói, onde o método é implementado desde 2015.
Histórico - Este método de controle das arboviroses foi desenvolvido na Austrália pelo World Mosquito Program e atualmente atua em 11 países e mais de 20 cidades.
IMPORTANTE
Os mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia não são modificados geneticamente. Também não se deve utilizar a expressão Aedes do Bem (ou mosquitos do bem), pois se trata da marca registrada de outra técnica, diferente do Método Wolbachia.
Serviço
Método Wolbachia informa sobre a 4ª Fase do projeto em Campo Grande (MS) Data: 15/03
Horário: 8h30
Local: Praça Estrela do Sul- Rua Madame Butterfly, 282, Cel. Antonino
Crédito: Governo do Estado