Comunicado da Anvisa sobre vacinas H1N1 aplicadas em farmácias.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta: a venda de quaisquer vacinas em farmácia e drogarias é proibida. As vacinas vendidas nesses estabelecimentos são provavelmente falsificadas ou de produção clandestina.
A vacina contra a Influenza A (H1N1) está sendo distribuída gratuitamente nos postos de saúde brasileiros. Já os cidadãos de faixas etárias não cobertas pela campanha pública de vacinação do Ministério da Saúde podem adquirir a vacina, mas somente em hospitais e clínicas privadas autorizadas pela vigilância sanitária.
Esses estabelecimentos poderão oferecer as vacinas monovalente (imuniza contra o vírus H1N1) ou trivalente (imuniza contra os vírus H3N2, Brisbane e H1N1) que já tenham sido aprovadas pela Anvisa e tenham tido seu preço definido. Até o momento, apenas a vacina Solvay, do laboratório Abbot passou por todas as etapas. As vacinas monovalentes produzidas pelos laboratórios Sanofi-Pasteur e GlaxoSmithKline já foram aprovadas pela Anvisa, no entanto, os fabricantes ainda não solicitaram a definição dos preços para a comercialização.
Vacinas falsas
Agentes da Anvisa e da Polícia Federal apreenderam vacinas falsificadas contra a Influenza A (H1N1), gripe sazonal e tétano em Minas Gerais na última sexta-feira (9). Os produtos imitavam vacinas registradas do laboratório Sanofi-Pasteur.
Em uma drogaria do município de Dom Cavati, a 68km de Governador Valadares, foram apreendidas a vacina Tetavax, contra tétano, proibida desde 2006 e vacinas contra gripe sazonal de origem desconhecida. Também foi constatada a venda de medicamentos controlados sem escrituração. O proprietário do estabelecimento e a farmacêutica responsável foram presos pela Polícia Federal.
Ao saber da ação dos fiscais, outra drogaria, no município vizinho de Fernandes Tourinho, suspeitando da qualidade das vacinas contra Influenza A (H1N1) que tinha adquirido, procurou a Polícia Federal. Essas vacinas também foram identificadas como produtos falsificados, cópias de vacinas da empresa Sanofi-Pasteur. Os números dos lotes impressos nas embalagens também simulavam produtos registrados.
Os dois casos levaram a equipe de fiscalização à distribuidora Soros e Vacinas Spardini, uma distribuidora fantasma que funciona numa residência em Governador Valadares. O proprietário da distribuidora está desaparecido desde então.
O que deve fazer quem tomou essas vacinas?
Quem recebeu a aplicação das vacinas deve, em caso de dúvida e a qualquer momento, procurar o atendimento médico para que sejam monitoradas reações adversas. A composição das vacinas ainda é desconhecida. Os produtos podem não causar efeito nenhum (nem mesmo imunização), mas podem também causar reações mais graves.
Quando as farmácias podem aplicar vacinas?
Farmácias e drogarias só podem aplicar vacinas quando participarem de campanhas públicas de vacinação, caso em que não pode haver cobrança, nem pelo produto nem pelo serviço prestado. Denúncias podem ser feitas à vigilância sanitária mais próxima ou encaminhadas à Anvisa, por meio do telefone 0800 642 9782.
Em MS - O CRF ainda não recebeu qualquer denúncia sobre essa prática no estado, mas alerta aos profisionais do setor para que fiquem atentos e comuniquem ao CRF ou a vigilância Sanitária qualquer prática de ação ilegal ocorrida sob a sua responsabilidade ou não.