Conselho de Farmácia lança campanha contra dengue e capacita farmacêuticos
Campanha educativa
Pensando nisso, o CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de MS) juntamente com o CFF, Fiocruz-MS, Anfarmag, Sinfar-MS, Sinprofar-MS, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande e Ministério da Saúde, decidiu juntar tudo em uma única página do site do Conselho, várias capacitações sobre o assunto. São vídeo aulas, cursos, manuais e folders para download. Basta acessar a página: https://crfms.org.br/noticias/farmaceutico/4819-campanha-contra-aedes-aegypt.
Essa capacitação é fundamental, e como o farmacêutico é o profissional da saúde mais próximo da população, precisa auxiliar quanto aos perigos da automedicação. Se uma pessoa tomar alguma medicação que é contraindicada em caso de suspeita de dengue, a pessoa pode ter sérias complicações, como uma evolução para dengue hemorrágica e até morrer.
“Por exemplo, os medicamentos derivados de ácido acetilsalicílico ou sigla AAS são contraindicados em todos os casos de dengue ou suspeita de dengue porque são anticoagulantes e assim, aumentam o risco de sangramentos e hemorragias. Aqui em Mao Grosso do Sul, temos uma Resolução Estadual que obriga todas as drogarias e farmácias, públicas e privadas do Estado, a disponibilizar uma lista contendo a relação dos medicamentos contraindicados em casos de dengue. Os anti-inflamatórios não hormonais (ou não esteroidais) como o diclofenaco, indometacina, ibuprofeno, piroxicam, naproxen, sulfinpirazona, fenilbutazona, sulindac, diflunisal e o ibuprofeno, por exemplo, também são contraindicados, pois elevam o risco de sangramentos. Em geral, todos os anti-inflamatórios podem aumentar a tendência hemorrágica na dengue e por isso são desaconselhados. É importante iniciar a abordagem dos sintomas da dengue com medidas não farmacológicas tais como: repouso e ingestão de líquido. Caso seja necessário o uso de medicamentos para o tratamento de febre ou dor deverão ser utilizados medicamentos à base de paracetamol ou dipirona, de forma racional, respeitando os intervalos entre as doses e a dose máxima diária,” complementa o farmacêutico e assessor técnico do CRF/MS.
