Conselho Federal elabora subsídios para orientar sobre atribuições clínicas e prescrição
Dentre as iniciativas planejadas para o primeiro semestre de 2014 está a elaboração de 10 Guias de Prática Clínica
Após ter regulamentado as atribuições clínicas do farmacêutico e a prescrição farmacêutica, por meio das Resoluções n.º 585/2013 e n.º 586/2013, o CFF (Conselho Federal de Farmácia) elaborou um planejamento visando cumprir o compromisso firmado com a categoria de disponibilizar conhecimentos e instrumentos para a prática profissional.
“A atual diretoria do CFF tem a certeza de que apenas publicar resoluções não garante a transformação de uma prática profissional, sobretudo quando o tema em questão é cuidar de pessoas”, ressalta o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João.
Dentre as iniciativas planejadas para o primeiro semestre de 2014 está a elaboração de 10 Guias de Prática Clínica. Um grupo de farmacêuticos convidados e a farmacêutica Alessandra Russo, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim/CFF), iniciaram o trabalho em reuniões realizadas em janeiro, na sede do CFF, em Brasília, colocando no papel as diretrizes para o primeiro tema Guia de Prática Clínica: Gripe e Resfriado.
De acordo com Alessandra Russo este material irá oferecer ao farmacêutico subsídio técnico-científico, e, consequentemente, mais segurança na hora de realizar seu trabalho, nos mais diversos cenários onde este profissional estiver inserido. “Os Guias para a Prática Clínica objetivam instrumentalizar o farmacêutico para responderem a questionamentos como: “me dá algo para febre?”; “estou com uma tosse que não consigo dormir, o que eu posso fazer?”; “tem algo para queimação no estômago?”, destaca.
Os farmacêuticos terão acesso livre a informações atualizadas, baseadas em evidências. O objetivo é auxiliar o profissional na prática clínica, promovendo o acolhimento das demandas espontâneas, das queixas de sinais e sintomas, de modo a eleger a melhor conduta (prescrição farmacêutica) em cada caso. “A tomada de decisão pode culminar, inclusive, com o encaminhamento deste paciente a outros profissionais e serviços da área da saúde, e, dependendo do caso, na prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica”, explica Alessandra Russo.
As temáticas que serão abordadas nos Guias de Prática Clínica, foram definidas pelo CFF com base em uma metodologia em que foram utilizadas queixas (sinais e sintomas) constantes da Classificação Internacional de Atenção Primária (Ciap 2).