A Secretaria de Estado de Saúde (SES), através da Coordenadoria Estadual de Assistência Farmacêutica, vem debatendo a atualização da grade de medicamentos para o tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Infecções Oportunistas (I.O.). Para os técnicos da Coordenaria, a revisão é de suma importância para a diminuição dos gastos públicos com a compra de medicamentos por ação judicial, internações e também pela certeza de que serão inclusos medicamentos que se prescritos e utilizados corretamente poderão evitar complicações e internações dos pacientes. A constante atualização dos medicamentos ofertados pelo SUS é necessária, já que de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os gastos com saúde aparecem em 3º lugar entre os gastos familiares, assim como descrito pela Fiocruz, onde os medicamentos representam 61% dos gastos para as famílias de baixa renda, diz a farmacêutica Márcia Regina Cardeal Saldanha, da Coordenadoria de Assistência Farmacêutica. Visando aumentar a discussão sobre o tema, as Coordenadorias Estaduais e Municipais de Assistência Farmacêutica juntamente com a Coordenadoria Municipal de DST/AIDS de Campo Grande, vêm se reunindo desde o último mês para debater as alterações sugeridas pela Sociedade Sul Matogrossense de Infectologia, fundamentada em consensos para tratamento das diversas DST’s e I.O mais comuns em Mato Grosso do Sul, assim como as novas opções de tratamento no mercado nos últimos anos. Durante a reunião mais recente, em agosto, foi desenvolvida uma lista com novos medicamentos, que passará pela aprovação da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e será encaminhada para a reunião do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) Regional para aprovação dos gestores municipais.