CRF-MS alerta sobre Intoxicação Infantil
Conforme últimos dados publicados, o Brasil registrou 19.767 quadros de intoxicação acidental por medicamentos em 2022, segundo o Ministério da Saúde. Destes, 46% ocorreram com crianças entre 1 e 4 anos de idade.
Nesta última quinta-feira (06/02), uma criança de 4 anos faleceu, após ingerir uma quantidade significativa de medicação controlada que pertencia ao pai da criança. O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, de Campo Grande - MS, informou que a criança deu entrada no fim de janeiro após a ingestão acidental dos medicamentos e permaneceu em tratamento na UTI, vindo a óbito uma semana depois.
Medicamentos como analgésicos e antitérmicos à base de ácido acetilsalicílico (AAS®, melhora® ou aspirina®), ibuprofeno, dipirona e paracetamol e anti-inflamatórios são os principais medicamentos envolvidos na ingestão acidental ou em intoxicações pediátricas. Crianças são naturalmente curiosas e podem facilmente acessar as caixas e os armários de remédios, caso esses locais estejam ao seu alcance.
O Conselho Regional de Farmácia do Mato Grosso do Sul (CRF-MS) alerta que medicamentos de modo geral devem ser mantidos em locais de acesso restrito e fora do alcance de crianças e animais domésticos, como também devem ser armazenados em locais frescos, arejados, sem umidade e distantes de fontes de calor.
Ao adquirir o medicamento, é importante conversar com o farmacêutico sobre os efeitos adversos e cuidados no armazenamento. O profissional está presente nas mais de 90 mil farmácias do país, sempre pronto a auxiliar o paciente. Isso porque todo medicamento pode causar efeitos graves, independente de exigir ou não prescrição médica.
A presidente do CRF-MS, Daniele Proença, destaca a importância do controle na distribuição desses medicamentos, “É um trabalho feito com muito cuidado e atenção pelos farmacêuticos nas farmácias por todo o país. Sem esse controle e acesso mais restritivo a medicamentos, as chances de ocorrer mais casos de intoxicação medicamentosa seriam consideravelmente maiores”.