Teve início na sexta-feira (24) a especialização em Assistência Farmacêutica na Distribuição de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos, ministrado pelo IPCS Cursos, com apoio do CRF/MS e credenciado pelo Conselho Federal de Farmácia. Com carga horária de 420 horas, divididas em 18 módulos, as aulas ocorrem durante um final de semana por mês e o corpo docente do curso é composto por mestres e doutores. O curso foi idealizado após parceria firmada em fevereiro deste ano entre a prefeitura municipal de Campo Grande e o CRF/MS, onde, os profissionais da rede municipal receberiam a capacitação gratuitamente, que seria custeada pela prefeitura. Diante da relevância do tema, o CRF/MS junto ao IPCS, decidiu ampliar o curso (com custos de uma especialização particular) aos demais profissionais interessados. De acordo com o presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão, o tratamento com plantas medicinais, apesar de ser uma ciência milenar, tendo relatos do seu uso desde a pré-história. O uso de plantas medicinais ainda possui muitos pré conceitos por parte dos profissionais da saúde e necessita de profissionais capacitados e qualificados tanto na prescrição quanto na dispensação dos medicamentos produzidos a partir destas plantas que são os fitoterápicos, finaliza. As disciplinas abordam a aplicação clínica dos fitoterápicos, assistência farmacêutica na distribuição de fitoterápicos e plantas medicinais na rede pública, desenvolvimento racional de fitoterápicos, drogas vegetais, formulações fitocosméticas, legislação sobre o setor fitoterápico no Brasil e exterior, metodologia científica e métodos cromatográficos aplicados à análise de fitoterápicos. A primeira aula foi ministrada pelo farmacêutico Nilton Neto, mestre em Ciência da Saúde pela UNB, membro da Comissão de Fitoterapia do CFF, Especialista em Farmacologia Clínica pela Associação híbero-latino-americana e chefe do programa Farmácias Vivas da Secretaria Estadual de Saúde do Distrito Federal. Nesta abertura, o professor apresentou uma introdução geral sobre a fitoterapia, apontando o que será abordado nos próximos módulos do curso, entre noções de políticas públicas, marcos regulatórios, conceitos, pesquisa, conhecimento tradicional, assistência farmacêutica e o uso racional dos medicamentos fitoterápicos. Segundo o professor, o Brasil comemora uma grande evolução nos investimentos e aceitação dos fitoterápicos na saúde, o que representa a expansão do segmento. Desde 2006, o governo federal passou a investir mais e adotar políticas públicas para os medicamentos fitoterápicos, estimulando assim a prática segura. Por este motivo, os profissionais perceberam a importância de se atualizar e buscar capacitações como esta, para se adequar a um segmento que cada dia mais cresce no Brasil, explica Nilton Neto.