O Assessor Técnico do Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul (CRF/MS), Adam Adami, esteve presente na reunião promovida pela Defensoria Pública Estadual (DPE) sobre prevenção ao suicídio coordenada pelo Defensor Público Dr. Nilton Marcelo de Camargo, titular da 4° DPE/NAS - Núcleo de Atenção à Saúde, representantes do município, legislativo municipal, Conselhos Regionais de Medicina (CRM/MS), Enfermagem (COREN/MS) e Psicologia (CRP) e também de outras instituições e entidades que prestam atendimento a pessoas em sofrimento psíquico. O Encontro foi realizado na tarde da última sexta-feira (6) e faz parte de um procedimento que busca a construção de um plano municipal de prevenção e pósvenção ao suicídio e de uma política pública mais efetiva de promoção da saúde mental e de proteção das pessoas com ideação suicida e das vítimas de automutilação em Campo Grande. Suicídio é a morte causada por um ato intencional de automutilação projetado para ser letal. Comportamento suicida engloba um espectro de comportamentos, de tentativas de suicídio e comportamentos preparatórios a suicídio completo. Ideação suicida refere-se ao processo de pensar, considerar ou planejar o suicídio. Estudos demonstram que pessoas portadoras de doenças como depressão, transtorno bipolar e de ansiedade são fatores de riscos para o comportamento suicida, cujas doença de base requerem diagnóstico precoce, acolhimento, tratamento medicamentoso e psicoterápico. Nesse sentido, o CRF/MS apresentou como propostas a definição e a padronização de um questionário com score de avaliação de risco de ideação/intenção suicída para o farmacêutico aplicar nas farmácias durante a dispensação de medicamentos de medicamentos da lista B1 e C1 (de medicamentos ansiolíticos, antidepressivos e usados no tratamento do transtorno bipolar), aproveitando a oportunidade para a realização de atendimento individualizado no âmbito da farmácia clínica visando acompanhar a adesão e efetividade do tratamento, bem como de avaliar situações de risco ou mesmo mensurar o risco de comportamento suicida, para realizar notificações e encaminhamentos à unidade de referência em saúde mental como CAPS, por exemplo. Outra sugestão defendida pelo CRF/MS, foi a implantação de câmaras técnicas, núcleos ou comissões de acolhimento, prevenção e pósvencao ao suicídio para os profissionais de saúde, dentro da estrutura dos conselhos de classe. O CRF/MS tem se destacado entre as instituições que mais contribui com projetos que beneficiam a sociedade e que geram oportunidades de inserção do farmacêutico nas políticas públicas, de valorização profissional, no sentido de buscar maior articulação, cooperação e integração com o poder público e com os demais profissionais de saúde. Com informações da assessoria técnica do CRF/MS e da assessoria da Defensoria Pública Estadual.