Muitas dúvidas ainda cercam o comércio de anorexígenos e substâncias psicotrópicas, que este ano passou por mudanças determinadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com objetivo de tornar mais rígido o controle em relação à venda destes medicamentos. Para orientar os profissionais, o CRF/MS promoveu na última semana um curso sobre o SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados). Durante o curso, o gestor estadual do sistema em Mato Grosso do Sul, Adam Adami, apresentou a legislação que regulamenta o controle de medicamentos psicotrópicos no Brasil e as fases de adesão ao sistema. Ele explicou como deve ser feito o inventário eletrônico, o credenciamento da empresa, as transmissões das movimentações ao SNGPC e as principais causas de insucesso na aceitação dos arquivos XML, além da apresentação das principais ferramentas e funcionalidades do sistema ao farmacêutico. Os profissionais tiveram as dúvidas esclarecidas e muitos casos foram consultados online, como uma forma de estudar casos reais e abordar as principais dificuldades enfrentadas pelos farmacêuticos. O palestrante observou que os profissionais ainda estão pouco familiarizados com o sistema.  Para Adami, o SNGPC reafirma a necessidade da presença do farmacêutico na farmácia e na drogaria e, desta maneira, dará mais respaldo às atividades do profissional. Dados apresentados pela Anvisa reforçam a importância das mudanças determinadas. No Brasil, de cada mil pessoas, 12,5 já usaram medicamentos para emagrecer. O consumo, obtido após análises de informações de 2005, é quase três vezes maior que o norte-americano no mesmo ano.