O Ministério da Saúde lançou em agosto de 2009 a Política Nacional de Saúde do Homem, que tem por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, obesidade, câncer, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemias (colesterol e triglicerídeos elevados). Ao todo foram investidos R$ 613,2 milhões, em oito eixos de ação, entre eles de comunicação, promoção à saúde, expansão dos serviços, qualificação de profissionais e investimento na estrutura da rede pública. Entre as doenças que mais acometem os homens está a obesidade, que acarreta outros problemas de saúde mais graves, como infarto, derrame, diabetes e hipertensão, podendo levar à morte. No que tange à alimentação dessa população, que sabidamente se alimenta mal e modo desregrado, e que ingere sal e gordura saturada em excesso é importante conhecermos alguns alimentos especialmente indicados para preservar a saúde do homem e que devem ser incluídos no cardápio dessa população a fim de prevenir as suas doenças mais prevalentes. São nutrientes que além de melhorar a desempenho físico e mental, diminuem o risco cardiovascular, retardam o envelhecimento e auxiliam na perda de peso, entre outros benefícios. São eles: 1. LINHAÇA (semente, óleo ou cápsulas): Fonte de ômega 3, ácido graxo essencial que auxilia na prevenção e controle de doenças cardiovasculares, aterosclerose e hipertensão. Se utilizada na forma de semente, contém grande quantidade de fibras, a que diminuem a absorção de colesterol pelo organismo. 2. LICOPENO: é a substância antioxidante responsável pela coloração avermelhada do tomate, melancia e pimentão. O licopeno combate os radicais livres, prevenindo contra câncer de próstata, pulmão e estômago e contra o envelhecimento das células, além de estimular o sistema imunológico. 3. CáPSULAS DE óLEO DE ALHO: O alho é fonte de aliina e alicina, substâncias que aumentam a elasticidade dos vasos, favorecendo a circulação e baixando a pressão arterial. 4. SUCO DE UVA INTEGRAL/VINHO TINTO ORGÂNICO/SUCO DE CRANBERRY: Fontes de polifenóis, flavonóides, quercetina, resveratrol e antocianinas, poderosos antioxidantes, que varrem os radicais livres e relaxam os vasos. Controlam a pressão arterial e o colesterol e previnem contra câncer. 5. SOJA PRETA: A soja preta possui em sua casca uma substância antioxidante denominada antocianina, relacionada com seu efeito antiobesidade. A antocianina neutraliza a ação dos radicais livres, prevenindo contra o câncer e envelhecimento precoce. Possui ação benéfica no controle das taxas de colesterol, na prevenção de doenças cardíacas. 6. FARINHA DE BANANA VERDE: Contém o amido resistente, que fortalece e aumenta o número de bactérias benéficas do intestino, favorecendo um bom funcionamento intestinal. Dificulta a absorção das gorduras e glicose, controlando colesterol e diabetes. 7. LECITINA DE SOJA: Evita a formação de ateromas (placas de gordura) nas artérias, prevenindo contra infartos, derrames. Em qualquer dieta balanceada é imprescindível a ingestão de fibras alimentares presentes em frutas, verduras e legumes. O azeite de oliva com papel de destaque na dieta do mediterrâneo faz muito bem ao coração, pois aumenta o bom colesterol o HDL. Lembre-se sempre que bons hábitos alimentares associados à prática regular de atividade física são uma estratégia fundamental para a redução do risco de doenças crônicas, se forem adotados ao longo dos anos. "Segundo dados do IBGE, os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres DIETA DO MEDITERRÂNEO Dieta do Mediterrâneo ou dieta mediterrânea é um tipo de alimentação característica de alguns países do mar mediterrâneo como Itália, Grécia, Portugal, Espanha, França e outros. Este padrão alimentar é composto, basicamente, de vegetais, legumes, tomates, alho, azeitonas, frutas (maça) e, principalmente óleo de oliva, canola, cereais, nozes, sementes, queijo branco, iogurte, além de um bom vinho. Vários estudos tem confirmado o que população desses países já sabia. A conclusão é de que quanto mais a pessoa adota a dieta mediterrânea tradicional, menor é o risco de morrer por qualquer causa, incluindo câncer (risco diminuído em 24%) e doenças cardíacas (risco diminuído em 33%). Deve ser salientado que essa população originalmente pratica atividade física regular, o que por si só, é fator de proteção cardiovascular e de aumento de expectativa de vida. A dieta do Mediterrâneo é uma dieta rica na ingestão de alimentos integrais, frutas e verduras, usando como gordura o azeite de oliva e com baixa ingestão de carne, frango e mesmo de peixe. O uso de açúcar também é pequeno. Isso, associado à prática de atividade física, fez com que as populações mediterrâneas tivessem menos doença cardiovascular em relação aos outros povos. O uso de gordura na dieta do Mediterrâneo é alto, mas proveniente somente do azeite de oliva, rico em HDL-colesterol que é o colesterol protetor do aparelho cardiovascular. A grande variedade de frutas e verduras existente no Brasil torna fácil a realização de uma dieta como a do Mediterrâneo. Claro que é preciso não exceder o total de calorias por dia. Mesmo comendo somente alimentos saudáveis e com poucas calorias é possível engordar, porque no final a quantidade ingerida é muito grande e pode ultrapassar a capacidade de gasto enérgico do individuo.