Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Em audiência pública, Ronaldo Abrão apresenta soluções para descarte adequado dos medicamentos das residências

Em Audiência Pública, realizada nesta quarta-feira (18/05), na Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o Presidente do CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia), Ronaldo Abrão apresentou propostas para solucionar os problemas de automedicação e descarte inadequedo de medicamentos. A audiência pública Medicamentos nas Residências, uma arma contra o cidadão e um risco para o meio ambiente foi proposta pelo deputado Lauro Davi (PSB), atendendo a um pedido do presidente do Conselho que solicitou o envolvimento do parlamentar nas discussões. Durante sua palestra Ronaldo sugeriu propostas como políticas de conscientização sobre o uso racional dos medicamentos para combater a automedicação, e ainda a abertura de postos de coleta voluntária de medicamentos vencidos ou não utilizados, armazenados nas residências e o cadastro de farmácias e unidades de saúde para funcionarem como postos de arrecadação sob responsabilidade de um farmacêutico. Abrão explicou que o Estado teria que se responsabilizar pela destinação final, de forma adequada, sem prejuízos para saúde e para o meio ambiente. Nós entendemos que a única e adequada solução seria a incineração destes resíduos. Para isso realmente aconteça o Presidente Ronaldo acredita que é preciso o envolvimento de toda a cadeia produtiva até o consumidor final na luta contra o descarte inadequado dos medicamentos e ainda todos os profissionais da saúde. "A destinação inadequada dos medicamentos gera contaminação das águas e as empresas de tratamento não conseguem reter essas substâncias", alerta Ronaldo Abrão. Para Abrão, a solução começa desde uma política nacional sobre o fracionamento dos medicamentos, uma grande campanha de esclarecimento sobre os riscos do uso irracional, instalação de postos de coleta voluntária, campanhas de incentivo para o uso destes postos e por fim o envolvimento do estado na correta coleta e o descarte ambientalmente correto dos medicamentos arrecadados. Lauro Davi pretende usar as sugestões apresentadas durante a audiência para fazer um projeto de lei sobre a coleta dos medicamentos. "Essa audiência pública não vai se resumir a um documento de intenções, mas irá resultar em um amplo projeto de lei para termos uma coleta eficiente desses medicamentos", afirmou.