Entenda a relação entre câncer e obesidade
A velha recomendação de que manter o peso ideal é uma questão de saúde, mais do que apenas de estética.
O acúmulo de gordura pode alterar o funcionamento dos hormônios sexuais e dos níveis de insulina, além de aumentar a chance de inflamações em obesos. Segundo informa o Dr. Amândio Soares, da Oncomed Bh, em razão dessas alterações causadas pela obesidade, há ainda maior propensão de desenvolvimento de tumores de mama, do intestino grosso e do endométrio, camada fina do útero responsável pela menstruação.
O médico lembra que estudos relacionam a obesidade também aos cânceres de vesícula biliar, de ovário e de um subtipo específico de câncer de esôfago, chamado adenocarcinoma.
Nas mulheres obesas, após a menopausa, as chances de ocorrência de um câncer de mama, podem ser 1,5 vez maior em comparação àquelas com o peso indicado. Já para os homens, o excesso de peso é um fator que favorece o desenvolvimento do câncer de intestino grosso.
Estudos observacionais indicam que alguns alimentos devem ser evitados ou consumidos em pouca quantidade como, por exemplo, carnes vermelhas, frituras e alimentos defumados. Também seguem a mesma restrição aqueles que contêm conservantes, usados em enlatados, refrigerantes e embutidos. Grandes quantidades desses alimentos podem levar, gradualmente, ao surgimento de câncer de estômago.
Para tratar do problema, Soares sugere a adoção de alguns hábitos. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os agentes cancerígenos antes que eles causem sérios danos às células. O consumo regular de água também é muito importante para manter a boa saúde.
As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso.