Farmacêutica contribui com implantação de hortas fitoterápicas em Dourados
Conheça o trabalho da Dra Silvia Cristina Heredia Vieira
O projeto é desenvolvido pelos profissionais de saúde das UBS (Unidades Básicas de Saúde) e em algumas delas conta-se com o apoio da Secretaria de Agricultura Familiar e a assessoria técnica do engenheiro agrônomo José Joaquim de Souza Neto. A farmacêutica, Dra Silvia Cristina Heredia Vieira, que tem Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas, com ênfase no estudo das plantas medicinais, também faz parte do projeto.
“O meu apelo, quanto Farmacêutica, é que os farmacêuticos da região se envolvam neste tema, para que possamos ter a implantação de farmácias vivas, com a correta orientação do uso das plantas, com a distribuição de drogas vegetais, além da produção e distribuição de fitoterápicos tradicionais ou mesmo industrializados, os quais poderão ser grandes aliados às terapias tradicionais utilizadas atualmente, especialmente, para a população menos favorecida”, destacou a Dra Silvia.
De acordo com a farmacêutica, cerca de 80% da população já utiliza as plantas medicinais no seu dia a dia, mas nem sempre a planta é utilizada, em dose e forma de preparo, corretamente. “Por isso, espera-se que, com a implantação de hortas medicinais e/ou de farmácias vivas nos postos de saúde, haja uma correta orientação do uso, com segurança e eficácia, além de a fitoterapia poder ser mais fortemente aliada à terapia tradicional. Espera-se que, com a adoção da Fitoterapia e de outras Práticas Integrativas e Complementares no SUS, haja diminuição do uso de medicamentos alopáticos e consequentemente, menos gastos com saúde pública, tal como já ocorre em municípios, como Antônio João, onde está sendo utilizada com êxito a opção de tratamento com os Florais de Saint Germain na rede básica de saúde”, aponta.
A implantação das hortas já foi feita também em outras cidades do Estado, como Iguatemi. Em Dourados o projeto está no início, para atender ao Programa do Ministério da Saúde e assim conseguir recursos para ser ampliado.
O farmacêutico pode orientar e prescrever o uso de várias das plantas medicinais. “As plantas medicinais e fitoterápicos não devem mais ser vistas apenas como “chazinho da vovó”. Já há resultados de estudos científicos, comprovando as atividades conhecidas popularmente e há diversos fitoterápicos industrializados já produzidos a partir dessas plantas. Cada planta tem um benefício e, de acordo com a realidade de cada região, poderemos cultivar as espécies que irão beneficiar aquela população. Há plantas com atividades anti-úlcera, calmantes, diuréticas, estimulantes do Sistema Nervoso Central, antiespasmódicas, cicatrizantes, dentre muitas outras opções”, complementa Dra Silvia.