Farmacêuticos de MS foram os primeiros do país a ter “Vacinômetro”
Assim que o Ministério da Saúde anunciou o Plano Nacional de Imunização (PNI), os farmacêuticos de Mato Grosso do Sul passaram a contar com o “Vacinômetro”, projeto viabilizado pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF/MS).
O objetivo é mapear o alcance da campanha de vacinação contra a Covid-19 desses profissionais de saúde. Além da ferramenta virtual, o CRF/MS também se posicionou de maneira rápida requerendo que todos os farmacêuticos de todas as áreas e municípios do Estado fossem vacinados dentro dos primeiros grupos prioritários.
“Implantamos o Vacinômetro para ajudar os gestores públicos estadual e municipais na realização da campanha de vacinação dos profissionais de saúde, no caso os farmacêuticos. Temos dados coletados da real situação onde a imunização avançou e também onde está estacionada”, afirma o farmacêutico Flávio Shinzato, presidente do CRF/MS.
Ainda de acordo com ele, “o Vacinômetro precisa ser melhor explorado pelos gestores públicos, pois estamos vivendo um momento de muita preocupação com a vacinação dos profissionais de saúde. Temos cidades onde os farmacêuticos ainda não foram vacinados e esses profissionais estão na linha de frente diretamente no atendimento da população que, muitas vezes, o farmacêutico nem sabe se o paciente que entra na farmácia está ou não infectado pelo coronavírus. Ou seja, estão expostos ao risco e por isso devem ser prioridade na lista de vacinação”, afirma Shinzato.
A último levantamento do Vacinômetro aponta que 893 profissionais farmacêuticos preencheram o formulário. Desse total, 72% atua na rede privada e 28% na rede pública. Cerca de 60% ainda não havia sido vacinado nem mesmo com a primeira dose. Dos 40% que receberam a vacina, 29% já receberam a segunda dose.
Os números do Vacinômetro apontam ainda que 80% dos profissionais que preencheram o sistema estão acompanhando os trabalhos do Conselho Regional de Farmácia durante a pandemia. O Vacinômetro é uma ferramenta auxiliar nos trabalhos do CRF/MS. Periodicamente o conselho utiliza dos dados para oficializar as secretarias de saúde sobre a vacinação dos farmacêuticos.
Em muitos casos, o CRF/MS tem recebido um feedback positivo das secretarias de saúde. "É um trabalho diário que precisa avançar. Precisamos vacinar os nossos farmacêuticos de Mato Grosso do Sul, urgente, de todas as idades e cidades", defende o conselho.
O CRF/MS reforça que o setor farmacêutico ainda é composto pela comunidade acadêmica que está atuando, como os docentes e os estagiários nos estabelecimentos de saúde. Essa categoria também precisa da atenção dos gestores de saúde para ser imunizada e o conselho vai reforçar essa necessidade.
O CRF/MS está preocupado com a possível alteração no PNI onde novos grupos podem integrar a lista de prioritários. “Nem conseguiram vacinar todos os profissionais de saúde e já estão querendo avaliar a possibilidade de ampliar o grupo prioritário. Precisamos ter cautela e cumprir aquilo que está estabelecido no PNI, caso contrário, não avançaremos. Do governador aos secretários municipais de saúde, todos precisam ter a responsabilidade de vacinar os farmacêuticos e os demais profissionais de saúde. Você não agenda horário para entrar em uma farmácia ou drogaria, ou até mesmo em um laboratório. Esses profissionais estão lá todos os dias a serviço da população. É de saúde que estamos falando e também de prevenção”, desabafa Flávio Shinzato.
O CRF/MS enviou aos municípios a lista dos profissionais farmacêuticos, para contribuir com a agilidade na imunização desses profissionais. Os gestores públicos que precisarem de apoio, podem entrar em contato pelo fone (67) 99844-9371 ou relacoespublicas@crfms.org.br. Os farmacêuticos que ainda não preencheram, podem acessar: https://forms.gle/86qQFtsuQBYZrNK19