Farmacêuticos de Ponta Porã também reclamam da venda de alheios
Problema comum em Campo Grande, a venda de produtos alheios à saúde em farmácias e drogarias também incomoda aos farmacêuticos que trabalham em Ponta Porã. Em reunião com o presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão, os profissionais reclamaram dos estabelecimentos que se tornaram mini mercados. A orientação dada é para que os farmacêuticos denunciem casos de abuso, para que a entidade possa adotar as medidas jurídicas necessárias.
Alguns profissionais revelaram ficar “de mãos” atadas diante da imposição dos empresários do setor, que colocam os produtos nas gôndolas sem sequer comunicá-los. Embora a decisão final acerca da proibição ou liberação da venda de produtos alheios à saúde ainda esteja em trâmite na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Abrão explicou que existem mercadorias que não precisam de qualquer consulta. “Jamais pode chegar ao ponto que chegou em Campo Grande, onde alguns estabelecimentos começaram a vender até bebida alcoólica e só pararam após denúncia do Conselho no Ministério Público Estadual”, destaca o presidente.
Para Abrão, o encontro com os profissionais foi bastante produtivo porque, assim como já ocorreu em outras cidades, promove a aproximação dos diretores do CRF/MS com a categoria. Ele esclareceu dúvidas em relação à profissão e relacionadas à diferença entre a atuação do CRF/MS e o Sinfarms (Sindicato dos Farmacêuticos de Mato Grosso do Sul).
Parceria – Em reunião com o secretário de Saúde do município Josué da Silva Lopes, a coordenadora de Vigilância Sanitária, Marina Derzi, e a fiscal, Katiusce Caimar, o presidente firmou parceria para garantir que todas as ações serão feitas em conjunto com o CRF/MS. No município, a Vigilância não emite alvará sanitário a estabelecimentos que não possuem Certidão de Regularidade, documento expedido pelo CRF/MS e que habilita o farmacêutico a exercer a atividade.
Em Ponta Porã existem 27 farmácias e drogarias, das quais sete estão irregulares. A situação não é considerada grave porque empresários já iniciaram o processo para regularização. A expectativa é que após esta parceria todos os estabelecimentos se legalizem.