A contraproposta do sindicato patronal foi de piso salarial de R$ 2 mil, correspondendo a um reajuste de 7,4%, sendo que a proposta inicial da categoria foi de R$ 3 mil

Em assembleia realizada nesta terça-feira (11), no Sinfar/MS (Sindicato dos Farmacêuticos de Mato Grosso do Sul), os profissionais votaram por um salário digno e decidiram se reunir novamente nesta sexta-feira (14), às 18h, para mostrar a força da categoria. Cada farmacêutico se comprometeu a levar cinco colegas para que juntos possam definir estratégias de mobilização, caso o Simprofar/MS não aceite a proposta feita pelos profissionais.

A contraproposta do sindicato patronal foi de piso salarial de R$ 2 mil, correspondendo a um reajuste de 7,4%, sendo que a proposta inicial da categoria foi de R$ 3 mil. Em resposta ao que foi apresentado, os farmacêuticos votaram por uma negociação da contraproposta no valor de R$ 2,5 mil, mais o adicional de 40% para farmacêuticos que exercem o cargo de gerentes e em separado, mantendo a produtividade para valores acima deste percentual.

Ficou acordado entre os sindicatos a proibição de exigência exclusiva, e em cima do vale contraproposto em R$ 10 para os plantonistas quando o horário ultrapassar a jornada, os farmacêuticos decidiram propor R$ 15 extenso a todos os profissionais por dia trabalhado, independentemente da jornada diária.

Em relação às horas extras, a categoria não aceitou a proposta de 100% em cima dos domingos trabalhados, considerando que a lei já impõe o percentual e propôs 200% sem exceção de escala de revezamento.

Sobre as escalas de revezamento, os farmacêuticos votaram em 12h trabalhadas por 36h de descanso restrito às farmácias 24h.

O presidente do CRF/MS, Ronaldo Abrão, esteve presente da assembleia em apoio ao Sindicato. “Considero importante, mesmo o Conselho não tendo como uma das atribuições o piso salarial, manifestar apoio irrestrito ao que for decidido pelo Sindicato junto da categoria farmacêutica”, ressaltou Abrão.

A reunião desta sexta-feira será na sede do Sindicato, na rua Giocondo Orsi, n°1.020, no bairro Vilas Boas, em Campo Grande.

“O Sindicato depende de vocês, a gente precisa se multiplicar para resgatar a nossa dignidade. Vamos mostrar a força da categoria, sozinho o Sindicato não consegue nada”, enfatizou o presidente do Sinfar/MS, Luiz Gonçalves Mendes Júnior.

Uma mesa redonda para discussão do piso foi novamente solicitada ao Simprofar/MS.