Farmácias comunitárias têm importância ressaltada durante pandemia
A pandemia de Covid-19 trouxe mudança de hábitos e inúmeros desafios à sociedade brasileira. Profissionais que trabalham na linha de frente tiverem que aprender sobre a doença em tempo real enquanto lutavam para salvar vidas. “Estamos vivendo uma incógnita. Não sabemos muito como cada organismo reage. Mesmo tendo alguns estudos, para nós, é tudo novidade”, conta a Diretora do CRF/MS, Kelle de Cássia Luz Slavec.
Essa situação reforçou a importância de uma atividade presente no cotidiano do cidadão campo-grandense, a farmácia do bairro. Kelle lembra que devido à sobrecarga no Sistema Único de Saúde “a farmácia teve que suprir essa necessidade do serviço público e isso sobrecarregou a farmácia do bairro. A farmácia do bairro acabou ajudando nesse caso. Temos os programas de farmácia popular onde começamos a atender mais esses pacientes que iriam aos postos de saúde e foram para a farmácia do bairro e isso foi um grande desafio”.
A presença da farmácia do bairro na vida da população passou a ter mais significado. “O isolamento afetou a saúde mental das pessoas. Algumas estão mais ansiosas, por exemplo. Outras, têm dificuldades, como as mais idosas. Aí verificamos se há prescrição, se já faz uso do medicamento, pedimos para mandar foto pelo celular, temos esse cuidado. Como muitos estão isolados há algum tempo, a farmácia acaba fazendo esse papel de companheira. Isso é gratificante”. Outros cuidados que existem são para evitar uma automedicação irresponsável, por exemplo, “pois as pessoas estão sozinhas e não tem ninguém para auxiliar e um dos primeiros contatos que fazem é com a farmácia para saber qual medicamento tomar, orientamos a procurar ajuda médica, o que pode e não pode ser feito. Instrui a procurar um auxílio médico, pois vai precisar de uma prescrição de medicamentos para o tratamento correto.”
Biossegurança
Abaixo, algumas dicas da diretora Kelle:
• Deixar álcool disponível na entrada para que os clientes desinfetem a mão.
• Ter as faixas para distanciamento de 1 metro, 1 metro e meio.
• O profissional deve higienizar as mãos com álcool 70º ou álcool gel.
• Trocar as máscaras a cada duas horas, pois elas ficam “úmidas”, salienta Kelle.
• Desinfectar regularmente a sala onde são feitos os serviços farmacêuticos como: aferir pressão, teste de glicemia ou outros serviços. Atender pacientes nesse ambiente com no mínimo um intervalo de 2h.
Desafios
A pandemia ainda não está próxima de estar totalmente controlada, os desafios são muitos. Mas, já se tem um horizonte. O Brasil já aprovou o uso emergencial de vacinas produzidas por dois laboratórios e a Anvisa vem trabalhando para facilitar de forma segura a aprovação de novas vacinas contra a Covid-19. Os próximos passos estão em adquirir doses suficientes e na logística de vacinação para imunizar a população brasileira.
“O maior desafio é saber que ainda não temos vacinas para todos. Esperamos que as vacinas estejam disponíveis logo para toda a população. Isso vai ajudar muito, inclusive na saúde mental das pessoas.” completa, Kelle.
