Mato Grosso do Sul ocupa uma posição de destaque entre os Conselhos Regionais de todo Brasil, está entre os cinco estados com maior índice de fiscalizações do País. Em 2006 o CRF/MS fez mais de 5 mil vistorias, marca que garante média superior a três fiscalizações por estabelecimento farmacêutico. Somente Paraná, Goiás e Amapá ultrapassaram o índice obtido em Mato Grosso do Sul. Satisfeito com o trabalho desenvolvido pelo setor de fiscalização, o presidente do CRF/MS, Antônio José Paniago Neto, Tonzé, lembra que a meta para 2007 é atingir 10 mil inspeções. A irregularidade mais freqüentemente constatada refere-se à falta de profissional nas farmácias e drogarias. Dos 922 estabelecimentos visitados em 2006, 711 não mantinham farmacêutico em todo horário de funcionamento. Todos os proprietários foram multados. “O resultado é prova de que, acima de tudo, o CRF/MS cumpre com sua função precípua de fiscalização, em defesa do usuário de medicamento”, destaca o presidente. Na reunião, representantes dos Conselhos também discutiram trabalhos desenvolvidos pelos profissionais integrantes das Comissões de Ética. Em Mato Grosso do Sul, assim como em outros 14 Estados, houve julgamento de processos éticos. O enfoque dos trabalhos do grupo em 2007 foi voltado para o cumprimento da resolução 378, do CFF. A lei determina que é vedado ao profissional farmacêutico intitular-se responsável técnico de qualquer estabelecimento farmacêutico, sem a autorização prévia do Conselho Regional de Farmácia. O descumprimento à regra é considerado falta ética grave, punível por meio de processo ético disciplinar. Ainda conforme o texto da resolução, os Conselhos Regionais de Farmácia deverão, no prazo de trinta dias da solicitação de pedido de responsabilidade técnica ou direção técnica por profissional farmacêutico, expedir ou não a competente habilitação técnica, comunicando por meio de certidão à autoridade sanitária acerca da decisão.