Interações de medicamentos com pílulas podem reduzir os efeitos
Tomar a pílula todos os dias no mesmo horário e nunca esquecer um comprimido podem não garantir uma proteção completa contra a gravidez. Alguns medicamentos e suplementos naturais podem diminuir a eficácia do anticoncepcional, segundo estudo divulgado pelo Holtorf Medical Group, nos Estados Unidos.
Como os tipos de pílula são muitos, assim como as doses dos remédios, nada melhor do que conversar com um ginecologista para esclarecer todas as suas dúvidas. Mas como nestas horas todo cuidado é pouco, confira a lista de alguns remédios que podem atrapalhar o efeito do contraceptivo hormonal e fique esperta na hora de ler a bula:
Ansiolíticos e antidepressivos: Os benzodiazepínicos, usados no tratamento contra a insônia e a ansiedade, podem diminuir a eficácia da pílula se forem usados por um prazo longo. Alguns antidepressivos, especialmente a nova geração de medicamentos (como a fluoxetina e a sertralina), pode causar interferências no efeito protetor. O ideal é conversar com o médico ou usar um método contraceptivo complementar, como a camisinha.
Antibióticos: A rifampicina, usada no tratamento da tuberculose e de infecções bacterianas; a tetraciclina, usada para tratar a acne resistente; a amoxicilina e ampicilina, também usadas nas infecções por bactérias, costumam ser as mais perigosas.
Suplementos naturais: A erva de São João, também conhecida como Hipérico, indicada para pessoas ansiosas ou com sintomas de depressão leve, pode cortar o efeito do anticoncepcional. A erva também pode diminuir a eficácia da pílula do dia seguinte. Suplementos contendo soja podem alterar os níveis hormonais e prejudicar o efeito contraceptivo. Na dúvida, consulte sempre seu ginecologista antes de tomar cápsulas ou tinturas naturais.
Remédios para enxaqueca e epilepsia: O topiramato, usado para evitar crises epiléticas e para controlar a dor de cabeça forte; o fenobarbital, um anticonvulsivante também usado para tratar insônia; e a carbamazepina, indicado no tratamento da epilepsia, da bipolaridade e do déficit de atenção podem alterar a eficácia da pílula.