Diariamente, acompanhamos notícias sobre o envolvimento, vício, mortes e crimes causados pelo consumo das drogas, principalmente entre os jovens. Nessa faixa etária da população, o consumo do crack é o que mais gera preocupação. A droga é derivada das sobras do refino da cocaína e geralmente é vendida em pedras. Nenhuma outra substância ilícita vendida no país tem semelhante poder de dependência. Apesar de ser menos consumida que outras substâncias, como álcool, tabaco, maconha e cocaína, os danos causados por ela são tão graves que produzem a impressão de que o número de usuários é bem maior.

Os dados mais recentes sobre o consumo do crack no país estão disponíveis pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). Segundo pesquisa divulgada em 2005, 0,1% da população consome a droga e esse consumo vem crescendo, principalmente nos últimos cinco anos. Um dos motivos é que o território brasileiro serve de rota para o tráfico internacional. A situação de vulnerabilidade social de muitos jovens e de moradores de rua, como a falta de moradia, também contribui para a disseminação da droga. Embora a substância seja consumida predominantemente por essa parcela da população, qualquer pessoa pode se tornar um usuário da droga.

Os consumidores de crack são expostos a riscos sociais e a diversas formas de violência. Geralmente, quando os efeitos da droga diminuem no organismo da pessoa, ela sente sintomas de depressão e tem sensação de perseguição. Outros sintomas comuns são desnutrição, rachadura nos lábios, sangramento na gengiva e corrosão dos dentes; tosse, lesões respiratórias e maior risco para contrair o vírus HIV e hepatites.

Com o objetivo de alertar a população em geral, mas com foco nos jovens que entre os dias 18 e 26 de junho acontece a Semana Nacional Antidrogas, que tem como princípio a valorização da vida.

No último dia 21, os estudantes do ensino médio e dos últimos anos do ensino fundamental da escola Mace receberam a palestra Crack, antes que aconteça, que contou com a participação de psicólogos, membros da segurança pública, educadores e diversos segmentos da sociedade. Representando o Conselho Estadual Antidrogas e o CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia), o farmacêutico Adam Macedo Adami participou do evento e ressaltou a importância de ações como esta.

A Semana Nacional Antidrogas representa uma alerta a toda a população e as autoridades do poder executivo, do legislativo e do judiciário sobre gravidade e as conseqüências do consumo de drogas pela sociedade brasileira, explica.

A tônica da XII Semana Nacional Antidrogas realizada em Mato Grosso do Sul é a prevenção realizada no sentido de evitar que o cidadão experimente, tenha o primeiro contato, evite o primeiro gole, cheire a primeira carreira, fume o primeiro cigarro; campanhas de informação e educação à população em geral e especialmente aos estudantes e ao jovem devem ser realizadas de modo sistemático e não restrito apenas a um dia "D" ou a apenas uma semana como estamos acostumados a ver nas campanhas públicas brasileiras, finaliza o diretor-tesoureiro do CRF/MS.

As atividades da Semana Nacional Antidrogas continuam na capital e interior até o dia 26 de junho. Confira a programação:

Dia 24/06 - Mesa de conversação na Seleta, Rua Dolor de Andrade esquina com Rua Pedro Celestino, das 8 às 17 horas

Dia 25/06 - Caminhada pela Vida e Contra as Drogas no município de Bonito

Dia 25/06 - Encerramento das atividades da Semana Nacional Antidrogas no Colégio Mace, com formatura do Proerd, às 8 horas

Dia 26/06 - Encerramento - Noite da Sobriedade, com apresentações musicais na Praça Ari Coelho, às 19 horas