Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Mais de 8 mil pessoas se inscrevem para participar de simpósio

Mais de 8 mil pessoas se inscreveram para participar do 1º Simpósio Virtual de Farmácia, iniciado na quarta-feira (03/04), com uma mesa redonda que reuniu os presidentes do CRF/MS, Ronaldo Abrão, do CFF (Conselho Federal de Farmácia), Jaldo de Souza Santos, do CNS (Conselho Nacional de Saúde), Francisco Batista Júnior, e da Feifar (Federação Interestadual do Farmacêutico), Danilo Caser. Pela internet, o debate foi acompanhado de vários estados do Brasil e até do exterior. Profissionais brasileiros, de Londres, Portugal, Estados Unidos, Cabo Verde e Japão, puderam expor a realidade dos locais onde residem atualmente. O debate foi transmitido on line pela página eletrônica do Portal Educação. O diretor-presidente da empresa e conselheiro federal por Mato Grosso do Sul, Ricardo Nantes, mediou a discussão, realizada por meio de parceria entre o CRF/MS, Portal Educação, CFF e Feifar. Trocar informações com colegas de todo o mundo é muito interessante. Podemos conhecer outros contextos e pensar em soluções para o nosso Estado. Contamos com a participação de farmacêuticos de vários estados e de Mato Grosso do Sul, afirma Abrão. O evento, em comemoração ao Dia do Farmacêutico, celebrado dia 20 de janeiro, discutiu assuntos relacionados à profissão farmacêutica. Os debates ficaram em torno do piso salarial, expectativas para a profissão farmacêutica e a implantação da RDC 44, a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que proíbe a venda de produtos que não sejam medicamentos e correlatos em farmácias e drogarias, além do projeto de regulamentação da profissão de médico conhecido como Ato Médico. O presidente do CNS afirma que este é um momento precioso para um debate mais geral de saúde. Para ele, o evento promove discussões relacionadas à atenção e assistência farmacêutica. Batista Júnior destaca que o primeiro passo para a inserção definitiva do farmacêutico no SUS (Sistema Único de Saúde) já foi dado. Ele aponta que hospitais públicos, por exemplo, já têm atenção e assistência farmacêutica operantes. Ainda está longe do ideal, o projeto está nascendo, admite. RDC 44 – As mudanças que devem ser implantadas em farmácias e drogarias, garantidas pela RDC 44, foram amplamente discutidas durante a mesa redonda. Para o presidente do CFF, as novas normas moralizam a farmácia, deve que voltar a ser estabelecimento de saúde. Ele destaca que, com o farmacêutico à frente da situação, poderá atuar no controle e orientação ao paciente. Torcemos para que não seja desvirtuada, conclui. Piso – Quando o assunto é o piso da categoria, uma enxurrada de perguntas surge. Os representantes ressaltaram que o profissional não pode aceitar receber valores inferiores ao índice mínimo. Para o presidente do CRF/MS, o profissional deve denunciar irregularidades, no entanto, devem esquecer o piso que é mínimo e alcançar sonhos mais altos. Ele enfatiza que a conversa deve se voltar a melhores salários que o piso. O profissional só conseguirá ‘crescer’, financeiramente, quando estiver bem preparado e também quando lutar por isso sem esperar que outras pessoas façam por ele, diz Abrão. Ele (farmacêutico) deve estar qualificado, capacitado e lutar, finaliza o presidente da Feifar. Durante o evento, Caser explicou que, embora haja confusão, o Conselho não é responsável por questões salariais. No entanto, o farmacêutico que se sinta lesado pode acionar a Superintendência Regional do Trabalho, órgão que atua neste setor.