Ministério aprova carga horária de 4 mil horas para os cursos de Farmácia
O CFF (Conselho Federal de Farmácia) comemora mais uma conquista para a profissão farmacêutica: o Ministro da Educação, Fernando Haddad, homologou, no dia 10 de março de 2009, o Parecer nº 213, da Câmara Superior do Conselho Nacional de Educação, favorável ao estabelecimento da carga horária mínima de 4 mil horas para o curso de graduação em Farmácia. O Despacho do Ministro da Educação foi publicado no “Diário Oficial da União”, no dia 11 de março de 2009, Seção I, página 11.
Para o presidente do CFF, Jaldo de Souza Santos, a homologação deve ser comemorada por toda categoria, pois representa mais uma conquista para a profissão. "O farmacêutico é um profissional com diversas habilidades, competências técnicas, conhecimentos humanísticos e sociais. A formação complexa exige uma carga horária de, pelo menos 4 mil horas, para ser assimilada", disse. O dirigente esclarece que 4 mil horas (cada hora de 60 minutos) correspondem a cerca de 4.800 horas/aula (de 50 minutos cada) proposta pelo CFF ao MEC, por meio de sua Comissão de Ensino.
Para Souza Santos, esta conquista é fruto do trabalho da Comensino e da Associação Brasileira do Ensino Farmacêutico e Bioquímico, que organizaram, em abril de 2008, a “V Conferência Nacional de Educação Farmacêutica”. Como resultado das discussões realizadas no evento, a Comissão de Ensino do CFF enviou, em 2008, um ofício ao Presidente do CNE (Conselho Nacional de Educação), Edson de Oliveira Nunes, que expressava a preocupação de professores, diretores, acadêmicos, gestores da educação e dirigentes de entidades farmacêuticas quanto à carga horária dos cursos de graduação em Farmácia.
A Presidente da Comissão de Ensino do CFF, Magali Demoner, também, Conselheira Federal de Farmácia pelo Espírito Santo, lembra que, desde 2003, a Comissão de Ensino do CFF luta pelo estabelecimento de uma carga horária mínima para os cursos de Farmácia. “Durante seis anos, cinco fundamentações da Comissão foram encaminhadas ao Ministério da Educação, e participamos de mais de dez audiências, na Secretaria de Educação Superior e no Conselho Nacional de Educação. Foi um trabalho árduo e temos que comemorar, mas sem esquecer que ainda há muito por ser feito para melhorar a qualidade da formação dos profissionais de Farmácia”, afirmou. Magali Demoner esclarece que as Instituições de Educação Superior devem estabelecer, a partir de agora, a carga horária de seus cursos, respeitando a indicação definida pelo Ministério da Educação.
A Conselheira Federal lembra, ainda, que o farmacêutico desempenha um amplo papel social na saúde do País como agente no processo de assistência farmacêutica e nas políticas nacionais de saúde. “O farmacêutico é o profissional de saúde habilitado para exercer cerca de 70 atividades, todas muito técnicas, abrangentes e que exigem, também, ampla qualificação", completou Magali Demoner.
A Comissão de Ensino do CFF é composta pelos farmacêuticos-professores Magali Demoner Bermond (ES); Carlos Cecy (PR), Zilamar Costa Fernandes (RS), Ely Eduardo Saranz Camargo (SP), Leoberto Costa Tavares (SP) e Nilsen Carvalho Fernandes de Oliveira Filho (RN).