Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Ministério da Saúde quer informatizar o controle de distribuição de medicamentos no país

O sistema nacional de gestão em assistência farmacêutica, batizado de Hórus, controlará a circulação de remédios desde o pregão da compra até a entrega ao paciente. Em alguns municípios onde o sistema funciona em caráter experimental, a economia chegou a 60% da verba destinada para compra de medicamentos. Pelo sistema, o gestor pode orientar o usuário sobre onde ele pode obter determinado remédio caso não tenha na unidade de saúde em que procurou, além de agendar a data para a entrega. "Quando o gestor coloca no sistema qual medicamento o paciente precisa, o Hórus pergunta até se ele quer entregar o que tem a data de validade mais próxima", explica José Miguel do Nascimento, diretor de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do ministério. Outra vantagem é determinar a demanda exata de cada medicamento e evitar compras em excesso, além de impedir que pacientes usem a mesma receita para buscar o medicamento mais de uma vez. Nas farmácias, entretanto, usuários estão reticentes se o sistema resolverá um roteiro recorrente: fila longa e a descoberta de que não há o remédio esperado. O ajudante de obra Cláudio da Silva passou pela situação recentemente. Durante um mês, teve de ir à farmácia a cada dois dias para verificar se o medicamento já havia chegado. "Ninguém me encaminhou para outro local ou sabia dizer quando chegaria. Fiquei o mês inteiro sem tomar o remédio. Isso é uma falta de respeito", critica. Até agora, o programa funciona em 304 municípios como piloto e outros 924 já foram capacitados para usá-lo. O ministério pretende ampliar o uso para os governos estaduais, etapa que funciona somente em Alagoas, de forma experimental. A meta é que, até 2014, todos os municípios informatizem o setor, seja com o Hórus ou com outros sistemas.