Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Ministério quer extinguir exigência de prescrição para pílula do dia seguinte

As orientações para que o medicamento passe a ser fornecido sem necessidade de receituário médico estarão em um protocolo previsto para ser publicado em julho

O Ministério da Saúde pretende facilitar o acesso das mulheres aos anticoncepcionais de emergência, conhecidos como a pílula do dia seguinte, nos postos do SUS. As orientações para que o medicamento passe a ser fornecido sem necessidade de receituário médico estarão em um protocolo previsto para ser publicado em julho.

O secretário de Assistência à Saúde, Helvécio Guimarães destacou que não faz sentido exigir que a mulher aguarde uma consulta médica e que isso pode colocar em risco a eficácia do uso da pílula, já que para evitar a gravidez, ela deve ser utilizada no máximo em até 72 horas depois da relação sexual desprotegida.

O protocolo está em estudo há três meses por um grupo de especialistas convocados pelo Ministério da Saúde. O documento, de acordo com o secretário, deixa claro qual o procedimento que os postos de atendimento devem adotar no caso de mulheres que buscam a contracepção de emergência.

A pílula do dia seguinte começou a ser distribuída nos serviços de atendimento do SUS em 2005 como um método de contracepção de emergência. Em 2010, a rede pública de saúde distribuiu 513 mil tratamentos. Em 2011, esse número saltou para 770 mil.

Forma de agir - Feita com uma dose de hormônio concentrado, a pílula do dia seguinte é utilizada em situações de emergência, ou seja, relação sexual sem proteção ou com esquecimento do anticoncepcional, rompimento da camisinha ou estupro.

Apesar do apelido pílula do dia seguinte, não há necessidade de esperar para tomá-la, pelo contrário, quando antes for utilizada após a relação sexual, maior será o efeito. Após cinco dias da relação, não faz efeito algum.

Orientação adequada - O farmacêutico torna-se fundamental na orientação em relação a esse medicamento, já que está disponível nas farmácias e drogarias. É importante destacar que o medicamento não é abortivo e provoca alguns efeitos colaterais como: enjoo, cansaço, dor de cabeça, diarreia e vômito.