Movimentação do setor
Em 2010, o produto interno bruto (PIB) brasileiro cresceu mais de 7%, revelando um dos melhores resultados das últimas décadas. O setor farmacêutico aproveitou a marcha positiva da economia nacional e foi além. Segundo levantamento do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), o desempanho da indústria apontou crescimento do faturamento de 20,1% em 2010 sobre 2009, saltando de R$ 30,1 bilhões para R$ 36,2 bilhões.
Já o mercado de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) fechou o ano passado com números ainda melhores. Segundo levantamento da IMS Health, o faturamento saltou de 22,74% de 2009 para 2010, passando de R$ 8,6 bilhões para R$ 10,5 bilhões. Em unidades, passou de 623 mil para 740 mil caixas de medicamentos, representanto elevação de 18,88% do período.
O segmento de MIPs tem evoluído em velocidade superior quando comparado ao mercado farmacêutico total, evidenciando que há grandes oportunidades de desenvolvimento, diz a diretora de marketing OTC da Nycomed, Laís Rosin.
O maior poder aquisitivo da população é um dos indicativos para os resultados positivos. Influenciada por isso e pelas boas perspectivas da economia brasileira, a expectativa dos empresários do setor para 2011 se mantém em alta.
Acreditamos no momento socioeconômico bastante favorável e no potencial de nossa marcas, revela a executiva.
Apesar dos bons resultados, o setor vive um momento de apreensão com a RDC 44/09, que proibe a venda de MIPs na área de livre circulação.
é totalmente desnecessária a colocação destes itens atrás do balcão, pois cria a possibilidade de interferência do balconista, diz o vice-presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini. Para ele, a restrição imposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não traz qualquer benefício em termos de segurança sanitária, apenas cira um obstáculo ao direito do consumidor.