Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o CRF/MS homenageia as 2.096 mulheres farmacêuticas mostrando o trabalho delas em diversas áreas da profissão. Mulher, farmacêutica e à frente da Casa da Saúde: Yara Anay Correa da Costa Rodrigues, tem 45 anos de idade, 21 deles dedicados à ser farmacêutica. “No âmbito profissional, gosto do que faço. A Farmácia na minha época era muito voltada para Análises Clínicas, eu ia visitar laboratório, via aqueles vidrinhos, depois comecei a ver que não era nada daquilo, era muito puxado”, relembra. Nascida no interior de São Paulo, mas criada em Mato Grosso do Sul, Yara trabalhou por 10 anos em laboratório, em hospitais e até no Exército. Entrou em 2003, por concurso, na Casa da Saúde, órgão estadual criada para atender à uma portaria do Ministério da Saúde: “Componente Especializado da Assistência Farmacêutica” e atender às ações judiciais movidas contra o Estado no fornecimento de medicamentos. Exercendo o cargo de gerente de medicamentos, a farmacêutica é a responsável pelo planejamento de compras dos medicamentos. “Gerencio uma equipe que planeja as compras e abastece o Estado. Antes eram medicamentos chamados de alto custo, mas depois da portaria do Ministério, passaram a chamar medicamentos excepcionais, aqui tem medicamentos que vão de R$ 0,05 até R$ 5 mil a ampola”, exemplifica a gerente. Portaria - O Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) foi regulamentado pela Portaria GM/MS nº 2.981, de 26 de novembro de 2009 e, desde então, tem se consolidado como uma importante estratégia para a garantia do acesso a medicamentos no SUS, com a tarefa de garantir a integralidade do tratamento medicamentoso para todas as doenças contempladas no CEAF. Os medicamentos são divididos em três grupos, que compõe os 197 fármacos em 379 apresentações farmacêuticas indicados para o tratamento das diferentes fases evolutivas das doenças contempladas. No grupo 1 estão aqueles cujo financiamento está sob a responsabilidade exclusiva da União. É constituído por medicamentos que representam elevado impacto financeiro para o Componente, por aqueles indicados para doenças mais complexas, para os casos de refratariedade ou intolerância a primeira e/ou a segunda linha de tratamento e por aqueles que se incluem em ações de desenvolvimento produtivo no complexo industrial da saúde. Já o grupo 2 é constituído por medicamentos, cuja responsabilidade pelo financiamento é das Secretarias Estaduais de Saúde. E o terceiro são medicamentos, cuja responsabilidade pelo financiamento é tripartite, sendo a aquisição e dispensação de responsabilidade dos municípios sob regulamentação da Portaria GM/MS nº 1.555, de 30 de julho de 2013, que aprova a Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. “O Ministério da Saúde determina quais são as patologias que o Componente vai atender, definidos por protocolos federais, feitos através de consultas públicas”, explica a farmacêutica. Funcionamento – Em Campo Grande, a Casa da Saúde fica na avenida Afonso Pena, 3547, esquina com a rua Bahia e está, atualmente 16 mil 437 pacientes ativos. Para ter acesso aos medicamentos da Casa, o paciente deve passar por uma consulta com especialista do SUS, ser encaminhado por ele à Casa, onde são feitos os formulários que o Ministério da Saúde exige, com laudos e exames médicos assim como solicitação do medicamento. “O paciente dá entrada no setor de protocolo, passa pelo atendimento do farmacêutico, que faz a triagem se está com tudo o que é necessário, o usuário passa pelo setor de avaliação até ser autorizado”, descreve a gerente. O prazo para retirada de medicamentos é de 15 dias a partir do pedido, com exceção dos casos de urgência, quando o prazo cai para cinco dias úteis. “Ele retira o medicamento referente a 30 dias do tratamento e passa novamente pelo farmacêutico, onde vai ter orientação de como tomar e armazenar o medicamento em casa, a Assistência Farmacêutica”, resume Yara. A Casa da Saúde atende tanto Campo Grande quanto os municípios do interior do Estado. Na Capital, o atendimento é das 7h às 19h sem horário de almoço, com senhas liberadas até 18h. Em média, são atendidas 400 pessoas por dia. Para ver a lista completa de medicamentos disponibilizados na Casa, clique aqui e informações gerais sobre a Casa, clique aqui. .