Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Novas drogas contra melanoma aumentam sobrevida de pacientes

Pacientes com melanoma avançado tomando uma pílula ainda experimental, a vemurafenib, da Roche e da Daiichi Sankyo, tiveram 63% menos risco de morrer do que os que tomaram quimioterapia, de acordo com um novo teste apresentado neste domingo (5) no congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA). O líder do estudo, o médico Paul Chapman, do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering, em Nova York, afirmou que o resultado deu uma diferença grande para os pacientes com melanoma avançado, que geralmente sobrevivem só oito meses com os tratamentos atuais. Outro estudo apresentado no congresso mostrou que pacientes com melanoma avançado, sem tratamento anterior, que tomaram o medicamento ipilimumab, da Bristol-Myers Squibb, mais quimioterapia, viveram dois meses mais do que quem fez só químio. O medicamento, chamado de Yervoy, estimula o sistema imune a lutar contra o câncer. Já o vemurafenib, da Roche, foi feito para pacientes com tumores que têm uma mutação em um gene conhecido como Braf, que permite que as células do melanoma cresçam. Cerca de metade dos melanomas têm essa mutação. O teste da Roche foi feito com 675 pacientes com melanoma avançado com a mutação genética e que não poderia ser operado. Após cerca de três meses do tratamento, os pacientes tratados com a nova droga tiveram 74% menos risco de avanço do câncer do que os tratados com a droga dacarbazine. Quase metade dos pacientes tratados com o remédio tiveram redução do tumor, em relação a 5,5% dos pacientes tratados com químio. Os efeitos colaterais incluíram irritações na pele e dor nas articulações. Cerca de 18% dos pacientes tiveram tumores de pele. A farmacêutica Roche aposta que as agências reguladores de remédios dos EUA e da Europa vão aprovar a droga até o fim do ano. O remédio Yervoy, da Bristol-Myers, foi aprovado em março para pacientes com melanoma com metástase e sem chance de cirurgia, com base em um estudo anterior que mostrou que a droga aumentava em quatro meses a sobrevivência dos pacientes que já haviam tentado outros tratamentos. Médicos dizem que os dois estudos juntos oferecem novas opções para os pacientes.